A cada dia que passa, a política regional demonstra suas faces mais
cruéis, mentecaptas e imbecis como algumas passagens que relatarei a
seguir. Vejamos: quem conseguiu digerir a decisão do vereador Zezo
Marin, no final do ano passado durante a eleição da mesa diretora da
Câmara? Por Deus, quem tem o mínimo de hombridade não toma uma atitude
dessas. Ficar calado, fugir da imprensa como o diabo foge da cruz,
esconder-se por traz de uma pseudo ignorância e pasmem, alegar que foi
abduzido por extraterrestres... Contar uma história dessas e o mesmo que
chamar seus então aliados políticos e seu eleitores de idiotas.
Acompanhar as sessões da Câmara de Laranjeiras do Sul está se tornando
um programa de índio. Discussões banais por matérias requentadas,
puxações de saco e falta de coragem para dizer o que pensam. Outro dia
presenciei duas pérolas que mostram o tamanho do despreparo do
legisladores laranjeirenses. Um deles fez menção a Associação Comercial
e Industrial de Laranjeiras do Sul. Ora, a mais de ano a denominação
correta é Associação Comercial e EMPRESARIAL de Laranjeiras do Sul. Em
seguida, um dos vereadores disse que o município deveria ter mais
cuidado com a proliferação do mosquito 'Aedes Egípcio'. Essa deve ser
uma nova espécie, vinda das pirâmides do Egito.
Mas uma as coisas em minha opinião mais repugnantes, é o alarde que a
presença de algumas pessoas durante as sessões causam nos vereadores.
Nestes dias afloram os sentimentos e os argumentos mais partidarista em
cada um dos nove abençoados representantes públicos. Pena que isso não
acontece quando o plenário está vazio. Nestas ocasiões, a regra é
terminar o encontro o mais rápido possível.
Recentemente, o amigo César Minotto publicou em seu blog a posição do
vereador Acir Wanderlei se autointitulado 'pai' do Centro Cultural. Esta
talvez, seja uma das maiores babaquices que li na vida, porque a maior
foi a justificativa dado por ele. Ele comentou durante a sessão da
última semana, que a verba para a construção da obra veio em troca de um
título de cidadão honorário ao deputado Frangão. Com a atitude,
Mandioquinha como é conhecido, não quebrou apenas o decoro parlamentar,
mas também a confiança de todos.
Esta não foi a primeira vez. O mesmo vereador já havia concedido o mesmo
título ao ex governador Roberto Requião sob alegação do 'competente
trabalho que este desenvolveu em Laranjeiras do Sul'. Detalhe: ele foi
eleito para isso, recebia um generoso salário e era sua obrigação. O
gesto, na minha concepção foi um genocídio e desrespeito contra a
comunidade laranjeirense.
Se o mérito para receber um título é trabalhar bem e fazer a obrigação,
ele teria que oportunizar a mesma honraria a todos que trabalham mais de
40 horas por semana para ganhar um misero salário. Este vereador teria
que então homenagear o agricultor que planta o que ele come, as
vendedoras que oferecem as roupas que ele usa e todos os que são
obrigados a ouvir suas sandices.
*Matheus Müller