As cirurgias eletivas foram suspensas no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, nesta terça-feira (7) por causa da greve dos enfermeiros, auxiliares, funcionários da área de limpeza, administrativo, entre outros. Colaboradores de clínicas, consultórios, hospitais particulares e filantrópicos de Curitiba e região metropolitana decidiram paralisar as atividades, por tempo indeterminado, em assembleia realizada na noite de segunda-feira (6).
Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Pequeno Príncipe, 28 cirurgias estavam marcadas para essa terça (entre eletivas e emergenciais). Dessas, 14 seriam realizadas no período da manhã e outras 14 à tarde. O hospital confirmou a realização de quatro cirurgias emergenciais pela manhã e o cancelamento de dez. Ainda não havia sido definido quantas serão feitas no período da tarde.
Os médicos estão trabalhando normalmente. O cancelamento ocorreu por causa do número reduzido de enfermeiros e auxiliares.
O hospital informou que aproximadamente 30% dos 700 funcionários (210 colaboradores) do turno da manhã aderiram à paralisação. Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Curitiba, o índice era de 60%.
Funcionários do setor da UTI cardiológica do Pequeno Príncipe também faltaram, mas o atendimento não foi prejudicado porque colaboradores de outros setores foram remanejados.
Servidores que trabalham em hospitais públicos fazem parte de outro sindicato e não integram o movimento.
Reivindicações
A categoria pede reajuste de 28% nos pisos salariais, reduções de jornada e novas contrações. O sindicato patronal manteve a proposta de 6,5% de reajuste para os funcionários não vinculados a piso salarial, aumento entre 8,5% e 11,2% nos pisos até janeiro de 2012 e de aumentar em 30% o valor do vale-alimentação.
Outros hospitais
Cerca de 30 funcionários do Hospital Evangélico (do total de 3,5 mil) aderiram ao movimento e o atendimento não foi afetado na manhã desta terça-feira, segundo a assessoria de imprensa do hospital.
O Serviço Social do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, informou que o atendimento estava normal nesta manhã e também não tinha sido prejudicado pela paralisação.
As assessorias de imprensa dos hospitais Cajuru, Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e Erasto Gaertner informaram que não houve adesão à greve nessas instituições e que o atendimento ocorria normalmente.
De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Curitiba, alguns colaboradores da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba irão paralisar as atividades a partir das 18 horas.
Nove dos 1,2 mil funcionários do Hospital Nossa Senhora das Graças paralisaram as atividades pela manhã. A assessoria de imprensa da instituição informou que não houve problemas no atendimento à população.
Vinte e um funcionários (do total de 900) do Hospital da Cruz Vermelha estavam em greve nesta manhã e o atendimento não foi afetado, segundo a assessoria de imprensa do hospital.
Segundo o sindicato, a adesão à greve foi de 60% dos colaboradores nos hospitais Evangélico e Cruz Vermelha, e de 40% no Hospital Nossa Senhora das Graças.