Produção acima da média gera preocupação com armazenamento de milho em Quedas do Iguaçu
A colheita do milho safrinha na região de Quedas do Iguaçu tem surpreendido positivamente os produtores, com produtividade elevada em diversas áreas. No entanto, esse desempenho acima da média também tem gerado preocupações, especialmente com o armazenamento dos grãos nas cooperativas e cerealistas locais.
De acordo com Rodrigo Guzzo, sócio-proprietário da empresa Terra Cereais, o volume de grãos recebidos este ano é recorde histórico para o município. A empresa estima que a produção registrada até o momento seja 20% maior em comparação com os anos anteriores — e a colheita ainda deve seguir por mais uma semana.
Entretanto, a alta umidade típica desta época do ano tem impactado negativamente o processo de entrega. Mesmo sem chuvas intensas, a umidade do ar faz com que os grãos cheguem às cerealistas com teor elevado de água, o que exige um tempo maior de secagem antes do armazenamento. Como consequência, as empresas aplicam descontos mais altos no momento da entrega, afetando diretamente a rentabilidade do produtor.
“Se fosse em um período normal de colheita, o caminhão descarregaria e retornaria rapidamente para a lavoura. Mas, com as filas nos armazéns, o tempo de espera aumentou bastante”, explica Guzzo. A lentidão no processo também faz com que muitos produtores precisem interromper ou reduzir o ritmo da colheita, esperando por melhores condições de entrega.
Apesar dos desafios logísticos, a produtividade chama atenção. Em muitas propriedades, a colheita já ultrapassa 300 sacas por hectare, número considerado excelente, com algumas áreas registrando rendimento ainda maior.
A Terra Cereais, além de receber toneladas de milho diariamente, também já realiza o escoamento da produção para o porto de Paranaguá, direcionada à exportação. Para os próximos dias, a expectativa é de que os preços se mantenham estáveis, segundo análise de Rodrigo Guzzo.
Via portal TM TV
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