O deputado Nereu Moura (PMDB) participou, nesta quarta-feira (24), da reunião de Defesa do Consumidor realizada na Assembleia Legislativa, da qual é relator. O objetivo do encontro foi para discutir alternativas para uma posterior criação de um projeto de lei que contribua para diminuir os casos de explosões em caixas eletrônicos.
Só neste ano foram registrados 44 ataques só no Paraná, seja por maçarico, chave de fenda ou utilização de explosivos.
“Nós, representantes do Poder Legislativo, podemos sugerir ao Poder Executivo, medidas para dar mais segurança à população que utiliza os caixas eletrônicos. Por isso é importantes debatermos com as entidades envolvidas para encontrarmos as melhores soluções”, afirmou Nereu Moura.
A reunião resultou na criação do grupo de trabalho conduzido pelo Ministério Público, em especial pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, com representantes das instituições financeiras, da Polícia Militar e Civil, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Paraná) e do Procon.
De acordo com os representantes dos bancos que participaram da audiência, vários instrumentos já são utilizados para diminuir a incidência de explosões ou violações dos caixas eletrônicos, como o sistema interno de controle por câmeras de segurança.
Daniel Vieira de Jesus, responsável pelo setor de tecnologia do Bradesco disse que o banco tem investido continuamente para encontrar novas formas de inibir esses ataques. “Toda vez que se emprega uma nova tecnologia existe um efeito colateral e temos que ter cuidado com isso. Por exemplo, no sistema estudado para a explosão das cédulas quando os caixas são violados corre-se o risco de por algum defeito atingir algum usuário”, explicou.
Já Antônio Junior, representante do HSBC, garantiu que sua instituição trabalha com o que há de mais moderno e seguro. “Aumentamos o número de câmeras de segurança e as qualidades, para que as imagens tenham mais nitidez. Além disso, temos uma grande parceria com as polícias Civil e Militar”.
De acordo com o coronel da PM, Milton Fadel Júnior, o número de ocorrências registradas no primeiro semestre de 2012, em comparação com o mesmo período de 2011, caiu 37%. “Houve uma diminuição modesta nesta ilicitude”.
Já o delegado titular do Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope), Amarildo Antunes, ressaltou que é necessário melhorar o nível de informação e de agilidade no registro das ocorrências por parte dos bancos, além de efetiva reestruturação e investimentos em equipamentos e manutenção. “Houve casos em que fomos notificados quatro dias depois do ocorrido ou que não tivemos acesso às filmagens em razão do equipamento estar desligado ou com defeito. Em outro caso a porta da agência estava aberta, sem trava. Só existe crime quando há vítima, autor e, especialmente, oportunidade”, alertou.
No Brasil existem cerca de 200 mil caixas eletrônicos. A informação foi repassada pelo representante da empresa Diebold Procomp, Pedro Kazuo, especializada na fabricação destes terminais eletrônicos. Ele reconhece também que diversos ajustes de segurança estão sendo feitos para evitar as violações. “Cada banco exige um nível maior de segurança para os equipamentos. Temos feito um trabalho muito forte do ponto de vista técnico, principalmente das novas máquinas. A questão é das máquinas já instaladas. Mas reconhecemos que os explosivos são artefatos que são difíceis de blindar”.
O deputado Nereu Moura se comprometeu a levar o assunto no encontro que será realizado em Foz do Iguaçu no dia 10 de maio para se discutir a telefonia móvel. “Nosso objetivo com a Comissão de Defesa do Consumidor é de atender o interesse dos paranaenses. A CPI da telefonia móvel já está presente em 8 estados e mais 13 já confirmaram que irão implantá-las. Temos que discutir esta questão das explosões aos caixas eletrônicos também nacionalmente porque é conhecimento de todos que muitos crimes, assim como seus autores, migram de um estado para outro da federação”, frisou Nereu.
Via Assessoria de imprensa
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