Paralelamente ao pleito da instalação de um hospital público regional em Guarapuava – cuja construção foi confirmada pelo governador Beto Richa em visita à cidade no último dia 14 – corre no governo um processo que pede a abertura do curso de medicina na Unicentro, a fim de suprir a falta de médicos na região central do Estado.
Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, a demanda está ativa na secretaria, e a necessidade do curso para a região é reconhecida pela administração estadual. “A possibilidade existe e a necessidade do curso está detectada”, afirmou ao Diário em visita a Guarapuava no último dia 21. “O pleito foi recebido, e foi bem recebido pelo governador. Agora nós precisamos trabalhar para ver as condições de efetivamente podermos avançar”.
O secretário, contudo, afirmou que a decisão depende da aprovação de várias secretarias estaduais além da dele, uma vez que a abertura de um curso de medicina implica em aumentos substanciais ao custeio – principalmente em folha de pagamento –, sem contar os investimentos a serem feitos. “Então, naturalmente essa questão de governo tem que ser tratada com as áreas financeira e econômica do governo, e também com a Secretaria de Administração”, acrescentou.
Contudo, em sua opinião, a possibilidade de abertura do curso será maior depois que o hospital regional de Guarapuava estiver efetivamente em funcionamento. “Vamos primeiro estruturar o hospital regional e, à medida em que ele estiver estruturado, quem sabe até alguns servidores do hospital, alguns médicos ou outros profissionais da área de saúde poderão eventualmente colaborar com a questão da implantação do nosso curso de medicina”.
Leal argumentou ainda que, ao decidir sobre a abertura do curso, o governo deve levar em conta a estratégia de desenvolvimento do ensino superior no Estado. “Nós estamos trabalhando hoje muito fortemente em melhorar a qualidade dos nossos hospitais e dos cursos que já existem. O curso [de medicina] de Maringá, por exemplo, é referência nacional; o melhor do país. E nós não podemos ter um curso cinco estrelas e outro na absoluta escuridão”, destacou Leal. “Então, se formos abrir outro curso aqui, vamos fazê-lo com muito planejamento, com muito cuidado, para que ele tenha a mesma qualidade”.
Via Diário de Guarapuava
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