Movimentação de tropas militares dá largada ao golpe militar em 31 de março de 1964 — Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo
Golpe de 64 gerou 'fortalecimento da democracia', diz ministro em ordem do dia de 31 de março
Texto assinado por ministro da Defesa, Braga Neto, e por comandantes das Forças Armadas omite fechamento do Congresso, censura à imprensa e torturas e assassinatos da ditadura militar.
O Ministério da Defesa divulgou nesta quarta-feira (30) o texto da ordem do dia de 31 de março, a ser lida nesta quinta nas unidades militares, no qual afirma que o golpe militar de 1964, resultou em "fortalecimento da democracia".
O texto é assinado pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, e pelos comandantes de Exército, Marinha e Força Aérea.
O golpe completará 58 anos nesta quinta-feira (31). A ditadura militar durou de 1964 a 1985. Nesse período, houve perseguição, tortura e assassinatos de opositores do regime. O Congresso Nacional foi fechado, e a imprensa, censurada. O documento assinado pelos militares não menciona esses fatos.
"Nos anos seguintes ao dia 31 de março de 1964, a sociedade brasileira conduziu um período de estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político, que resultou no restabelecimento da paz no País, no fortalecimento da democracia, na ascensão do Brasil no concerto das nações e na aprovação da anistia ampla, geral e irrestrita pelo Congresso Nacional", diz o texto.
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No texto, o ministro e os comandantes afirmam que é preciso reconhecer "o papel desempenhado por civis e militares" durante a ditadura.
"Nos deixaram um legado de paz, de liberdade e de democracia, valores estes inegociáveis, cuja preservação demanda de todos os brasileiros o eterno compromisso com a lei, com a estabilidade institucional e com a vontade popular", afirma a Ordem do Dia.
G1
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