O valor corresponde a apenas a correção da inflação, sem ganhos reais, como houve nos últimos anos. O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que o governo ainda não decidiu qual será a nova política para o salário mínimo e tem até dezembro para poder fazer isso. “Como já estamos em novembro, referência mais direta é salário mínimo de R$ 1.031”, afirmou.
Até o início deste ano, a política de valorização do salário mínimo previa reajuste pela inflação mais o crescimento do PIB de dois anos antes, o que garantia ganhos reais ao piso nacional. Hoje, o salário mínimo está em R$ 998.
A PEC emergencial proposta pelo governo prevê o acionamento imediato dos gatilhos de ajuste previstos na regra do teto de gastos, que limita o avanço das despesas à inflação. Uma delas é justamente a vedação de reajuste real ao salário mínimo. As medidas ficam vigentes por dois anos.
Economia
A revisão no valor do salário mínimo projetado para 2020 deve gerar uma economia de R$ 2,56 bilhões no Orçamento. Segundo o secretário de Orçamento Federal do Ministério da Economia, George Soares, cada R$ 1 de diferença no salário mínimo tem impacto de R$ 320 milhões. O secretário lembrou que o piso nacional é referência para aposentadorias, abono salarial e linha de corte para o recebimento de uma série de benefícios sociais. Por isso o impacto significativo nas despesas.
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