quinta-feira, fevereiro 16, 2017

Fraude em bolsas da UFPR desvia R$ 7,3 milhões; Reitor fala hoje


O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, vai falar, hoje (16) pela manhã, sobre as investigações relacionadas a desvios de recursos de bolsas na instituição. A entrevista será realizada às 11 horas, na Sala dos Conselhos da UFPR, na Reitoria. Ontem, a Polícia Federal prendeu 27 pessoas suspeitas de irregularidades em pagamentos a título de Auxílio a Pesquisadores, Bolsas de Estudo no País e Bolsas de Estudos no Exterior da UFPR. No total, 29 mandados de prisões temporárias foram expedidos pela Justiça Federal do Paraná. O rombo pode chegar a mais de R$ 7,3 milhões.

Segundo a PF, os alvos participaram do esquema de liberação de bolsas para pessoas sem regular vínculo de professor, servidor ou aluno da UFPR. O esquema é investigado pela operação Research. O alvo da investigação, de acordo com a PF, são repasses, entre 2013 e 2016, irregulares de recursos mediante pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a instituição.
Dois funcionários públicos federais estariam envolvidos nas fraudes e tiveram suas prisões cautelares decretadas. Os investigados alvos de condução coercitiva foram levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Os presos encontrados no Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro foram levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Segundo as investigações, uma das servidoras presas liberava o pagamento de recursos destinado ao pagamento de bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) entre 2013 e 2016. Ela seria a chefe do do esquema. Segundo as investigações, ela seria responsável pela assinatura das autorizações de empenho/pagamento em 234 processos que totalizam R$ 7.343.333,10.
Entre os beneficiários, há pessoas sem vínculo com a UFPR, e teriam profissões como taxista, artesão, auxiliar administrativo, dono de salão de beleza e motorista de furgão, entre outros. Apenas um deles teria curso superior.
A UFPR divulgou nota em que alega que “as suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios são objeto de investigações internas na UFPR desde dezembro de 2016, quando a própria universidade também tomou a iniciativa de encaminhar o caso à Polícia Federal, para investigação criminal”.

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