A Operação Integração, 48.ª fase da Lava Jato, deflagrada na ultima semana, suspeita que o superfaturamento no valor de obras realizadas e os contratos fictícios lançados na contabilidade pelas concessionárias de rodovias federais do Anel da Integração serviam para gerar recursos para pagamentos de propinas a agentes públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná e da Casa Civil do governo do Estado do Paraná.
E o pior: podem ter elevado em até quatro vezes o valor das tarifas de pedágio para o usuário, e assim escancarou o que o povo paranaense está cansado de saber: sim, a tarifa de pedágio paga no Estado está muito acima do que deveria ser cobrado.
Um levantamento dos procuradores e auditores da Receita Federal durante a investigação demonstrou que o superfaturamento chega à 400%.
Na praça de Candói, o motorista de carro deveria pagar um valor em torno de R$ 3,10.
Com certeza, bem abaixo dos R$ 12,50 cobrados atualmente.
“Perícias técnicas realizadas pelo Ministério Público Federal demonstram que há superfaturamento nos valores das obras das concessionárias constantes na proposta comercial. Conforme o laudo técnico, que utilizou como parâmetro a tabela SINAPI, da Caixa Econômica Federal, em alguns itens das planilhas o sobrepreço chegou a 89% em relação ao valor de mercado”, informou a força-tarefa da Lava Jato, por meio de sua assessoria de imprensa.
"O usuário final acabou sendo prejudicado por uma tarifa alta, que era desviada para outro propósito que não o interesse público", afirmou outro procurador do MPF, Diogo Castor de Mattos.
Fontes: politica.estadao.com.br
Com Portal Candói