O Governo Federal através de sua estatal, Petrobrás S.A, conseguiu fazer de um produto de utilidade pública, um artigo de luxo, de janeiro a dezembro de 2017, o botijão de gás de cozinha subiu na Petrobras em média, R$ 10,54, considerando a média de venda Brasil, 35 milhões de botijões de até 13 Kg, a Petrobras teve um aumento de sua lucratividade de:
Aumento lucratividade Petrobras/mês – R$ 369.050.657,50
Aumento lucratividade Petrobras/ano – R$ 4.428.607.890,00
Na véspera do verão na Europa, período onde temos uma queda nos preços internacionais do GLP, a Petrobras, num ato “heroico”, promete rever sua política de preço do gás de cozinha. O GLP esta no seu maior valor, um aumento histórico, e a projeção deveria ser de queda, seguindo os parâmetros internacionais. Nos preocupa qual será a nova política de preço, qual a desculpa a Petrobras utilizará para justificar não reduzir da mesma forma o preço do gás de cozinha?
Não bastando essa política de preço do gás de cozinha extorsiva, vem os aumentos dos impostos, desde 02/01/2017, as Companhias anunciaram um novo aumento, desta vez, justificado pelo aumento do ICMS.
Alguns Estados este aumento chega a R$ 0,13 (Minas Geais), mas em outros o aumento chega a R$ 1,85 (Pernambuco). O que nos chamou a atenção foi o paralelo com o programa Bolsa família, o gás de cozinha tem como seu consumidor principal as famílias de baixa renda, o mesmo publico beneficiado com este programa.
Considerando apenas a arrecadação do ICMS, PIS/Cofins do gás de cozinha, nota-se que em grande parte dos Estados, estes impostos sustentam o programa Bolsa Família, como o caso de Santa Catarina. Ou seja, as famílias de baixa renda compram o gás de cozinha com impostos elevados, e estes impostos, sustentam um programa que deveria dar melhores condições de vida a estas famílias.
Como o preço do gás de cozinha é livre, as Companhias Distribuidoras e nossas revendas, podem repassar valores acima dos informado pelo Ato COTEPE, incluindo neste aumento, suas elevações de custos como o do frete, que sofre aumentos quase que diários com a nova política de preço de combustíveis da Petrobras.