Outros municípios poderão receber mais forças de segurança no dia da eleição. Objetivo é evitar confrontos e a ocorrência de crimes eleitorais, (Kanayama: pedido de reforço policial para o dia 7 de outubro)
Mais policiamento em cidades com índices de crimes eleitorais
A Secretaria de Segurança de Estado da Pública do Paraná (Sesp) vai intensificar o policiamento em municípios considerados como prováveis pontos de conflitos entre eleitores ou de práticas de crimes no dia da eleição. As cidades que receberão reforço policial estão sendo definidas com base em informações da Justiça Eleitoral e da polícia. Até o final da tarde de ontem, o reforço já havia sido solicitado para 15 municípios: Rio Branco do Sul, Cidade Gaúcha, Icaraíma, Reserva, Manoel Ribas, Iporã, Francisco Alves, Cafezal do Sul, Iracema do Oeste, Nova Laranjeiras, Iretama, Roncador, Santa Helena, Campo Largo e Xambrê.
O aumento do efetivo nas cidades foi acertado entre o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), Rogério Luís Nielsen Kanayama, e o ex-secretário de Segurança Reinaldo de Almeida César, no mês passado. Segundo o TRE, a definição dos pontos críticos levou em conta o histórico de confrontos entre adversários e de ocorrências de crimes em campanhas anteriores.
Em agosto, uma operação nos municípios de Braganey e Iguatu, no Oeste do estado, foi a primeira ação embasada na troca de informações entre o TRE e a Sesp. Dez armas e munição foram apreendidas e cinco pessoas foram presas.
Crimes eleitorais
Outra ideia é prevenir a ocorrência de crimes eleitorais, como a distribuição de folhetos apócrifos (sem assinatura). Em Ubiratã, no Centro-Oeste do estado, o candidato a prefeito Celso Fogliatto (PDT) procurou a polícia nesta semana para denunciar a divulgação de boatos, imputando a ele a autoria de um crime punido pelo código penal. “Tentaram me transformar em um monstro do dia para a noite”, diz Fogliatto. Segundo ele, membros de sua equipe foram informados que folhetos apócrifos estavam sendo preparados.
De acordo com o cientista político Mario Sérgio Lepre, professor da PUCPR, coligações partidárias ainda adotam os ataques pessoais como trunfo nas pequenas cidades nos últimos dias da campanha. “Sem tempo de resposta ao adversário, eles divulgam dossiês ou publicam inverdades, muitas vezes usando órgãos de comunicação atrelados ou através de folhetos apócrifos. Isso ainda dá resultado em pequenos municípios”, diz.
Campina Grande do Sul
As polícias Civil e Militar deflagraram ontem à noite uma operação preventiva em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Durante todo o fim de semana, policiais caracterizados e à paisana acompanharão a movimentação relacionada à campanha eleitoral. “Como os ânimos estão acirrados, a Justiça Eleitoral solicitou que estivéssemos presentes nas ruas”, disse o delegado Voltaire Garcia.
Colaborou Anderson Gonçalves
Via Gazeta do Povo
