VOEPASS:"Fantástico", um mecânico da empresa, que teve sua identidade preservada, revelou que o acidente não foi surpresa. "Eu já sabia que ia acontecer isso com o Papa Bravo [apelido da aeronave].

 "A gente avisava" A Na última semana, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu as operações da companhia aérea Voepass por violação de normas de segurança. A empresa ficou conhecida após a queda do avião ATR-72-500 no dia 9 de agosto de 2024, em Vinhedo, que vitimou 62 pessoas. Em entrevista ao

"Fantástico", um mecânico da empresa, que teve sua identidade preservada, revelou que o acidente não foi surpresa. "Eu já sabia que ia acontecer isso com o Papa Bravo [apelido da aeronave]. Era o avião que dava mais problemas, era o avião que dava mais pane. A gente avisava que o avião estava ruim, a manutenção sabia que o avião estava ruim, a manutenção reportava, falava, avisava, e eles [a chefia] queriam obrigar a gente a botar o avião para voar"

Questionado se algo mudou após a tragédia, o mecânico negou. "Se você me perguntar, poxa, mudou alguma coisa? Mudou em nada. Acho até que piorou", contou. Em dezembro de 2024, o programa teve acesso a imagens de aviões da empresa parados em uma área de mata. De acordo com o mecânico, eram aeronaves 'canibalizadas', desmontadas aos poucos para fornecer peças às aeronaves em operação. "Aqueles aviões que estavam cobertos, aqueles eram os aviões que estavam no mato. Por que eles mandaram cobrir?

Porque a ANAC ia fazer uma vistoria lá. Eles estavam escondendo da ANAC", revelou. Em nota ao programa, a empresa afirmou que a segurança sempre foi prioridade máxima e que pretende retomar suas atividades "o mais rápido possível".

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