Agricultores do Assentamento Celso Furtado pedem socorro
Estradas intransitáveis estão deixando pessoas adoentadas e algumas desistindo do lote de terra, da produção leiteira, entre outras atividades
O Diário Cantu Notícias lança neste domingo dia 05 de março, uma série de reportagens exclusiva sobre o caos que se formou no interior de Quedas do Iguaçu, devido ao estado precário das estradas, que chegou num grau máximo de insatisfação por milhares de agricultores, de diversas comunidades do interior pioneiro, assentamentos e pré-assentamentos.
Na última semana nem uma Audiência Púbica, com representantes de 20 comunidades do interior pioneiro e 20 dos assentamentos sensibilizou atual gestão, do prefeito Elcio Jaime da Luz. Com relatos e pedidos de socorro por agricultores, professores e educadores.
SEM ESTRADAS, SEM AULAS
A reportagem percorreu por dois dias o interior do município com o registro de imagens e depoimentos jamais registrados na história em mais de 55 anos de fundação de Quedas do Iguaçu.
Lideranças de comunidades afirmaram a reportagem que no assentamento Celso Furtado já são mais de 50% dos lotes que foram destinados as famílias, conquistado via luta pela “Reforma Agrária”, já foram negociados. “Falam tanto em terra de oportunidades, de geração de empregos, mas se esquecem que o maior gerador de empregos está nas atividades da Agricultura Familiar. Já são dois anos de abandono pela atual gestão, num cenário de estradas sem condições alguma de trafegabilidade”, lamenta um agricultor da Comunidade do Palmital.
Outro drama dos pais, alunos e educadores, são os dias perdidos sem aulas, com parte dos professores em greve e outra pelo fato que de doze dias de aulas, os ônibus conseguiram chegar na escola com alunos, somente quatro dias. “Eu pergunto se os ônibus não estão circulando, os donos de linhas estão recebendo por esse serviço? isso é justo para nós pais, cidadãos deste município”, frisou um pai de aluno, que é agricultor no assentamento.
Outra denúncia gravíssima feita pelos agricultores, é que o fato de os alunos estarem sem aulas desde 2022, muitos pais estão optando em levar seus filhos para casa de avôs e parentes, para estudarem em outras cidades. Como no caso do agricultor Jorlei José Martins, que levou uma filha para morar na casa de parentes em Foz do Iguaçu. Jorlei contou a reportagem que a menina ficou quase que o ano todo de 2022 sem poder ir à escola.
Os números mostram que até o dia 21/10/2022, dos 161 dias letivos, 76 dias não houveram aulas por conta da precariedade das estradas, 47,2% a escola não recebeu alunos. Se dividir esses números em semestre, é pior a situação, e dos dias que ouve aula, teve semanas que apenas 48% dos alunos chegaram até a escola. Teve dias que apenas três alunos chegaram nas unidades de ensino.
A reportagem percorreu as comunidades da 10 de Maio, Palmital, Campo Novo, Silo, Bom Jesus, Santa Bárbara, Nossa Senhora Aparecida, Nova Esperança e Três Caicos.
Confira abaixo alguns registros da precariedade das estradas:
Fonte: Diário Cantu Notícias
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