“Garanta seu lugar no mundo, assegure sua conquista./Lute sempre como uma Mulher e seja o que você quiser./- Se não puder fazer tudo, faça tudo o que puder!” – (Gilmar Cardoso, no poema Mulher Você Não é Todo Mundo!”.
A ONU Mulheres foi criada em 2010 para unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres. A entidade tem sede em Nova Iorque (EUA) e escritórios em diversos países, inclusive, no Brasil. Todos os anos elege um tema para debates sobre o Dia Internacional da Mulher (8 de março), em 2021, por exemplo, o mote foi – Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um mundo Covid-19 -, através do qual comemorou os esforços tremendos de mulheres e meninas em todo o mundo na construção de um futuro mais igualitário e de recuperação da pandemia, além de destacar as lacunas que permaneceram.
Por sua vez, o tema do Dia Internacional da Mulher (IWD 2022) é – Igualdade de gênero hoje para um amanhã sustentável - , reconhecendo a contribuição de mulheres e meninas em todo o mundo, que estão liderando a tarefa de adaptação às mudanças climáticas, mitigação, e resposta, para construir um futuro mais sustentável para todas as pessoas e o planeta. O colegiado entende que o avanço da igualdade de gênero no contexto da crise climática e a redução do risco de desastres é um dos maiores desafios globais do século XXI, além do que, as questões de mudança climática e sustentabilidade tiveram e continuarão a ter impactos severos e duradouros em nosso meio ambiente, desenvolvimento econômico e social.
A pauta destaca que as mulheres estão cada vez mais sendo reconhecidas como mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas do que os homens, pois constituem a maioria dos pobres do mundo e são mais dependentes dos recursos naturais que as mudanças mais ameaçam. Ao mesmo tempo, mulheres e meninas são líderes e agentes de mudança eficazes e poderosos para a adaptação e mitigação do clima.
A igualdade é um direito humano fundamental e necessário para um mundo pacífico, próspero e sustentável. Ainda assim, meninas e mulheres em todo o mundo enfrentam desigualdades em áreas como saúde e educação, e enfrentam violência e pobreza em taxas mais altas que os homens.
Destaco, ainda, que neste mês da mulher, Rotary Clubs se unem para informar a população sobre a situação ainda desigual enfrentada por essa parcela da população e a importância de se promover a igualdade e vão realizar uma ação conjunta e inédita – denominada Meninas Podem! – em dezenas de cidades para alertar a população sobre os desafios enfrentados pelas meninas e mulheres no país. A proposta é intensificar as realizações no combate às discriminações e violências baseadas na questão de gênero, bem como promover o empoderamento de mulheres e meninas para que possam atuar com mais protagonismo na política, na economia e em diversas áreas de tomada de decisão.
O primeiro Dia Nacional da Mulher foi comemorado em maio de 1908 nos Estados Unidos. Por aqui, a campanha Março Mulher, com o tema "90 Anos do Voto Feminino no Brasil: Mais Mulheres na Política", conta com uma programação que inclui exposição, debates, convenção, homenagens e eventos. Doutro lado, numa altura em que o mundo emerge da pandemia da COVID-19 e pesa o seu impacto sobre a vida laboral e familiar, o Teletrabalho, igualdade de género, carga mental e prestação de cuidados não remunerada são temas que encontram-se em destaque na agenda do Parlamento Europeu (PE).
Todos os anos, perto do dia 8 de março, começamos a ver na televisão, nos outdoors, nas vitrines das lojas e em vários outros lugares lindas campanhas, imagens e mensagens homenageando as mulheres. Afinal, nessa data é marcado, no calendário, o Dia da Mulher.
O que as mulheres querem ter como presente é nada mais que respeito, igualdade, segurança, oportunidades, representatividade, direitos e uma série de outras conquistas que não são cobertas nem disfarçadas por mimos superficiais decorados de cor de rosa.
Concluo com versos do poeta, declamador e cordelista nordestino Bráulio Bessa: "Que todo dia seja dia de tu ser admirada pela força, pela garra, pela coragem estampada de ser verdadeira e justa mesmo sendo injustiçada. Que todo dia seja dia de você ser engraçada, pois sorrir e fazer rir deixa a alma aliviada, mas se a tristeza chegar que tu seja consolada. Que todo dia seja dia de sair pela calçada, de caminhar do seu jeito discreto ou com rebolada, de mini saia ou de burca e não ser assediada. Que todo dia seja dia de você ser mais ousada, de amar quem quiser amar e por alguém ser amada, o amor é o melhor transporte pra seguir essa jornada. Enfim mulher, que todo dia seja dia de não ter a voz calada e se alguém ousar calar, que essa voz seja elevada. Que todo dia seja o dia da mulher ser respeitada." – “ Mulher tu não és igual/tu não és regra, ou padrão/não existe manual/modelo nem perfeição/tu és o que quiser ser/mesmo com tanta opressão/tu és forte, tu és brava/uma força que não some/um amor valente e doce/um sentimento sem nome”.
VIVA O DIA INTERNACIONAL DA MULHER!
GILMAR CARDOSO, é advogado, poeta, membro do Centro de Letras do Paraná e fundador da Cadeira nº 01 da Academia Mourãoense de Letras.
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