A Reconstituição do confronto entre Policiais Militares e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), está isolada com uma barreira policial a cerca de três metros do local onde ocorreram as mortes.
De acordo com informações, policiais federais, militares e da Civil chegaram na propriedade por volta das 8h da manhã desta quarta-feira (11). Eles iniciaram os trabalhos com base nos depoimentos dos policiais militares. Durante o dia, os participantes da reconstituição devem encenar a versão apresentada pelos trabalhadores rurais, sem interrupções. Os integrantes do MST são representados por figurantes.
Peritos Federais e Estaduais acompanham a simulação dos fatos que ocorreram no local de difícil acesso. A situação aconteceu no trecho mostrado pela Catve um dia depois do acontecido, cercado por mata fechada, e que fica cerca de 10 quilômetros da sede do acampamento. A simulação tem a intenção de confrontar as diferentes versões. Segundo a Policia, o MST armou uma emboscada para equipe que entrou na área para ver os danos causados por um incêndio ambiental. Já de acordo com o Sem Terra foi ao contrário, eles teriam sidos surpreendidos quando monitoravam a área que fica dentro do acampamento.
Apesar da versão do MST, em depoimento, um dos acampados que estava no local disse que o primeiro tiro partiu de um membro do movimento.
O conflito acabou com duas mortes de acampados. Conforme o primeiro laudo do IML cada um levou um tiro, porem já foi solicitado à justiça a exumação dos corpos, pois a dúvidas a respeito do número de tiros que atingiram as vitimas. A reconstituição será juntada aos três inquéritos abertos paralelamente, um na Policia Civil, um na Federal e outro inquérito Policial Militar, as investigações estão sob sigilo.
Uma representante da Defensoria Pública, a Comissão de Direitos Humanos e advogados da polícia e do MST acompanham os trabalhos na propriedade. Sobre o confronto que ocorreu no dia 7 de abril, em Quedas do Iguaçu, três inquéritos foram abertos. O da Polícia Federal investiga se houve violação dos direitos humanos, da Polícia Civil investiga as mortes e os feridos e por último, da Polícia Militar que avalia a conduta dos soldados.
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