De acordo com o sargento da Polícia Militar, Edson Bottini, os rapazes contaram que fizeram isso porque “não acreditam em Deus e acham que a religião é uma farsa”. A ação aconteceu na madrugada de sexta-feira (20).
Segundo a PM, na quinta-feira (19) os três decidiram fazer a pichação e foram até uma loja comprar os materiais. À noite, depois de beber, foram até a igreja e picharam o local.
Em nota, os padres da paróquia e o Conselho Pastoral disseram que os católicos manifestaram profunda indignação, reprovação e ficaram ofendidos com os atos de vandalismo. “A atitude dessas pessoas foi uma blasfêmia contra Deus, o criador de todas as coisas, e contra os católicos que usam este templo sagrado”.
Os três rapazes, um de 20 e outros dois de 19 anos, foram ouvidos e liberados depois de se comprometerem a comparecer ao fórum.
Veja a íntegra da nota dos padres e do Conselho Pastoral de Santa Helena:
“Ame o Senhor, seu Deus, com todo o seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua força e com toda a sua mente; e ao seu próximo como a si mesmo”. (Lc 10,27)
A legislação brasileira dá o direito de expressão a todos os cidadãos, mas também exige respeito pelo patrimônio alheio, inclusive criminalizando atos de vandalismo e pichação.
Nesta manhã de sexta-feira os católicos de Santa Helena e porque não dizer, todas as pessoas de boa vontade, ao passarem pela Igreja Matriz Santo Antonio manifestam profunda indignação, reprovação e sentem-se ofendidos pelos atos de vandalismo que aconteceram ao longo desta noite de quinta para sexta, quando alguns elementos picharam a parede lateral da Igreja com ofensas à religião e a Deus.
Esses atos são considerados uma blasfêmia (do dicionário)
1. Ultraje a algo considerado sagrado, a uma divindade ou religião;
2. Palavras ofensivas e insultantes contra uma pessoa ou um objeto dignos de respeito).
Portanto, como Igreja Católica afirmamos:
1. A atitude dessas pessoas foi uma blasfêmia contra Deus, o criador de todas as coisas, e contra os católicos que usam este templo sagrado para as celebrações sagradas da comunidade e para seu encontro pessoal com Deus;
2. Como crime previsto na legislação, exigimos que as autoridades competentes investiguem o caso e dêem respostas a toda comunidade santa-helenense;
3. Esses fatos, como vários outros que tem sido corriqueiros em nossa cidade, são as consequências de uma sociedade que deixou os valores fundamentais de lado: valores da vida, do respeito ao próximo, da família, do amor a Deus;
4. Quando o ser humano é desumanizado naquilo que lhe é mais precioso – “ser imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,26) qualquer ideologia: do poder, do dinheiro, da vaidade, do anárquico se avultam;
Por isso é urgente que a sociedade, a igreja, as famílias, os responsáveis pelos poderes públicos, os educadores de nossas instituições assumam esse papel de formadores da vida e das pessoas no cuidado dos valores que são fundamentais a todos: a vida, o ser humano em todas as suas dimensões, a liberdade religiosa e o respeito às manifestações de fé.
Santa Helena, 20 de abril de 2012.
Padres da paróquia e Conselho Pastoral.
2 comentários:
esses elementos pra mim sao coisa atoa gue nao tem o gue fazer eu pra mim perder a moral nao tem falor nehum pra asociadade e so hinguilhoras esse tipo de gente se da pra chamar de gente so coisa atoaaaaaaaa.
Não se justifica a intolerância de alguns garotos que picharam a Igreja, para, de certa forma, agredir a instituição e seus fiéis; porém, tão infeliz quanto essa atitude, foi a resposta dada pelos Padres da Paróquia e pelo Conselho Pastoral, nesta nota, quando citam que fatos deste tipo, são gerados por causa de uma sociedade, que entre outras coisas, não possui um "valor fundamental", que é o "amor a Deus". Ora, então quem não compartilha destes valores, são vândalos? Os ateus e os agnósticos são vândalos? Como alguém pode reclamar da intolerância e desrespeito de terceiros, se tem atitudes semelhantes? E o pior de tudo: Enquanto o ato, que deve ser sim, recriminado, foi cometido por jovens; a resposta, por outro lado, foi dada por pessoas maduras, que teoricamente deveriam ter um nível cultural mais elevado, mais experiência de vida e que por representarem uma instituição com tantos fiéis, tem o dever de se posicionarem de um modo mais cuidadoso, para o esclarecimento dos fatos e de seu posicionamento.
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