Agora, o projeto segue para sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O relator da proposta na Câmara, Damião Feliciano (União-PB), acatou as mudanças feitas pelo Senado.
No Senado, a proposta teve relatoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI). Quando passou pela primeira vez pela Câmara em maio deste ano, o projeto previa impacto estimado de R$ 64,6 milhões nos cofres públicos com a criação das novas cadeiras.
No entanto, Castro incluiu no relatório uma emenda do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) que proíbe qualquer aumento de despesas, inclusive verbas de gabinetes e cotas parlamentares, passagens aéreas e auxílio moradia. Deverão ser mantidos os valores correspondentes ao exercício de 2025. Fica proibida a aprovação de créditos adicionais, remanejamento, transposição ou transferência orçamentária. A regra vale para a legislatura que se iniciará em 2027.
Será admitida a atualização monetária dos valores mantidos constantes a cada sessão legislativa. Urgência A análise foi realizada em regime de urgência, já que o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou, em 2023, que o Congresso revisasse até 30 de junho deste ano o número de parlamentares por estado na Câmara.
A divisão deve levar em conta os dados populacionais mais recentes. A recomendação do STF era de que os deputados revisassem a distribuição das vagas na Câmara com base no Censo Demográfico de 2022.
Dessa forma, ficaria mantido o número de 513 deputados. Nesse cenário, sete estados que perderam população teriam redução no número de cadeiras, enquanto outros sete, com crescimento populacional, ganhariam vagas. Para cumprir a decisão do STF, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), articulou e propôs ampliar as bancadas das unidades que tiveram aumento populacional, mas sem diminuir a bancada dos estados que tiveram reduções populacionais.
Por isso, o relator do projeto na Câmara, Damião Feliciano (União-PB), estabeleceu a criação de 18 novas vagas, ampliando o número total de deputados para 531.
Pelo projeto, os estados que ganham novas vagas são: Pará (4); Santa Catarina (4); Amazonas (2); Mato Grosso (2); Rio Grande do Norte (2); Paraná (1); Ceará (1); Goiás (1); Minas Gerais (1).
De acordo com a proposta, a distribuição das vagas na Câmara terá como base os dados oficiais do censo demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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