A cabeleireira Paola Bratch, que trabalha em um salão de beleza dentro do Shopping Mueller, na capital paranaense, está sem poder atender há um mês e decidiu angariar clientes dentro do biarticulado da linha Santa Cândida-Capão Raso.
“Se não posso trabalhar no salão, então vou trabalhar onde o governo autoriza a funcionar. Já que os ônibus estão funcionando normalmente deve ser porque aqui está mais higienizado que no salão. Se aqui o vírus não pega, então vamos trabalhar aqui”, afirmou a trabalhadora.
Mais que uma preocupação com o próprio trabalho, Paola explica que seu temor é também pelo alto número de contaminação da Covid-19 na cidade, que parece atingir a população mais carente que é usuária do transporte coletivo. “A prioridade é a vida humana. Mas como os trabalhadores em geral vão sobreviver se não tiverem o que comer? Situação delicadíssima, mas senti que deveria protestar. Muitos não são assalariados e não estão suportando as contas, o financiamento, o aluguel e o mercado", disse Paola.
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