As universidades estaduais do Paraná promovem nos dias 17 e 18 de novembro a 19ª edição do Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná. A novidade é que, desta vez, ele será descentralizado, realizado nas cidades de Manoel Ribas, Nova Laranjeiras, Mangueirinha, Chopinzinho, Londrina e Curitiba – cidades com conhecida presença indígena, como os caingangues. As inscrições serão abertas nesta segunda-feira (29), no endereço portal.nc.ufpr.br/PortalNC/Concurso?concurso=INDI20192.
O Vestibular dos Povos Indígenas envolve todas as sete universidades estaduais, além da Universidade Federal do Paraná. A previsão é que somente na UEL farão prova aproximadamente 300 candidatos que residem nas terras indígenas da região Norte do estado.
Segundo a professora Mônica Kaseker (Departamento de Comunicação), integrante da Comissão Interinstitucional para Acompanhamento dos Estudantes Indígenas, o concurso foi descentralizado após consulta pública aos representantes das comunidades feita por solicitação de lideranças indígenas.
A Superintendência da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) oferecerá transporte para que os candidatos se desloquem das terras indígenas para os locais de aplicação de provas, além de refeições e alojamento.
Inclusão
Em 2018, o Governo do Estado alcançou a marca de 230 indígenas matriculados nas sete universidades estaduais. Os alunos, pertencentes a cinco etnias diferentes – caingangue, Guarani, Xetá, Fulni-ô e Terena – estão distribuídos em 28 cursos de graduação. No Brasil, são 55 mil indígenas matriculados em ensino superior, e já 18 com título de Doutorado.
CUIA
A Superintendência delegou às Universidades para que, em conjunto, organizem o Vestibular Específico Interinstitucional dos Povos Indígenas, ou Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná. Para isso, emitiu a Resolução Conjunta nº 001/2001 com a composição de uma Comissão Interinstitucional para Acompanhamento dos Estudantes Indígenas, hoje a Resolução 026/2008.
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