quinta-feira, agosto 13, 2015

Ministério vai exigir duplicação para renovar pedágio no Paraná


Duplicar os 1,8 mil quilômetros de estradas federais delegadas para o governo do Paraná é a “premissa número um” do Ministério dos Transportes nas discussões sobre a prorrogação dos contratos de pedágio. A informação é do secretário de gestão da pasta, Luciano Castro, nomeado há duas semanas como coordenador dos estudos sobre o tema. Castro tem um ano (prorrogável por mais um) para terminar os relatórios que vão servir de base para uma decisão final da presidente Dilma Rousseff a respeito da renovação do convênio de delegação das rodovias, que acaba em 2022.

As estradas delegadas são parte dos 2,5 mil quilômetros do Anel de Integração, concedido à iniciativa privada em 1998. Do total desses trechos, que também incluem estradas estaduais, 676 quilômetros estão duplicados. Dos 1,8 mil quilômetros federais, são 427 com pista dupla.
1,8 mil km de estradas pedagiadas no Paraná teriam de ser duplicadas pelas concessionárias para atender à exigência do Ministério dos Transportes.

“O objetivo maior é a duplicação, até por uma questão de segurança das pessoas”, disse Castro Outras demandas são a redução da tarifa e a realização de mais obras. “Quando se fala em duplicação, temos que nos preocupar com as áreas urbanas, com a construção de rodovias marginais, contornos, viadutos, travessias de pedestres. São obras caras e às vezes mais caras que a duplicação em si”, afirmou Castro.

A extensão da delegação é o primeiro passo para negociar a renovação dos contratos com as atuais concessionárias de pedágio, que acabam em novembro de 2021. No dia 1.º de julho, representantes do setor produtivo e do governo do estado, como a vice-governadora Cida Borghetti e o chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, se reuniram com o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, e fizeram uma solicitação formal pela renovação da delegação por mais 25 anos.

Rodrigues levou o pedido à presidente e informou sobre a realização dos estudos. “Ela não se posicionou nem contra, nem a favor. Dilma quer conhecer a proposta e, depois disso, dizer se autoriza a renovação do convênio. Aliás, essa é uma decisão que caberá exclusivamente à presidente”, adiantou Castro.

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