segunda-feira, setembro 25, 2023

Associação dos Municípios da Cantuquiriguaçu declara apoio ao movimento dos produtores de leite






Associação dos Municípios da Cantuquiriguaçu declara apoio ao movimento dos produtores de leite

Presidente Cezar Bovino enviou ofício ao Ministro da Casa Civil solicitando que o Governo Federal atenda as reinvindicações dos produtores. Há registro de queda nos preços do litro de leite e na arroba do boi, nos 21 municípios da Cantu
O presidente da Associação dos Municípios da Cantuquiriguaçu, Cezar Augusto Bovino enviou ofício para o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, solicitando que o Governo Federal atenda as pautas de reinvindicações do Movimento Nacional de Produtores de Leite, que estão em mobilização em protestos aos baixos preços dos produtos no Território da Cantuquiriguaçu.
De acordo com o secretário executivo da Associação Cantu, Jayme Xavier, serão enviados ofícios para Associação dos Municípios do Paraná (AMP), e para a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), para que as mesmas apoiem os produtores em Brasília.
No início do mês de outubro deverá acontecer uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Paraná, onde serão mobilizados todos os prefeitos (as), que compõem o Território, lideranças e produtores rurais, para que participem do evento em Curitiba.
Na última semana aconteceu manifestos em diversas cidades do Paraná e Sul do País. Na Cantu os manifestos aconteceram em Espigão Alto e Quedas do Iguaçu, que contou com as presenças dos deputados Luiz Corti de Wilmar Reichembach, com carreata e apresentação de uma pauta de reivindicações
A mobilização foi coordenada pelos produtores rurais, Meyson Vetorelo, Cassiano kherwald, Deivid Pires.
Assustados com as constantes quedas no preço diário do leite e da arroba do boi, produtores rurais de Espigão Alto do Iguaçu e Quedas do Iguaçu realizam manifestações, no que eles denominam como pacifica e apolítica, em prol da cadeia do leite e em defesa dos produtores rurais do Território da Cantuquiriguaçu.
De acordo com o secretário de Agricultura de Quedas do Iguaçu, Alcindo Penso, em Espigão Alto do Iguaçu se produzia uma média de 16 milhões de litro/ano, em Quedas do Iguaçu são mais de 30 milhões de litro de leite ano. Com as constantes queda nos preços, Espigão já baixou em dois milhões de litro de leite neste ano. Alcindo também responde pelo Escritório do IDR, de Espigão Alto.
“Nós temos uma das maiores cadeias produtoras de leite do Paraná, com milhares de pequenas e médias propriedades que tem como principal fonte de renda das famílias a produção leiteira, que estão sofrendo com essa instabilidade nos preços e a entrada do leite em pó, oriundos da Argentina e Uruguai.
O produtor rural, João Paulo Bay comentou que das dificuldades sentidas pelos produtores de leite com o aumento dos custos de produção e a queda dos preços constantes, que tem trazido prejuízos e preocupações ao setor.
COMPROMISSO DO SETOR
Compromisso dos produtores e a produção de leite defendendo os interesses dos agricultores familiares, empreendedores familiares rurais e médios produtores que tem sua principal fonte de renda na atividade leiteira - por meio da produção a granel para empresas e cooperativas de laticínios e aqueles que se dedicam as cadeias curtas através de empreendimentos de pequeno porte e ou, artesanal.
Uma pauta de reivindicações foi apresentada, que serão encaminhadas a União Nacional dos Produtores de Leite.
O prefeito de Espigão Alto do Iguaçu, Agenor Bertoncelo disse do respeito e admiração ao trabalho e a produção desenvolvida pelo setor, sendo uma das mais importantes cadeias produtivas do município, gerando empregos, renda e fomentando o comércio local.
CONFIRA ALGUNS TÓPICOS DAS REINVIDICAÇÕES:
Prorrogar as dívidas de custeio e investimentos no âmbito dos recursos controlados (PRONAF, PRONAMP, INOVAGRO), vencidas e vincendas entre os meses de agosto de 2023 a agosto de 2024, estabelecendo como prazo de pagamento 12 meses após a última parcela do contrato;
1.2- Agilizar, em caráter emergencial, as liberações de custeio pecuário ao amparo do PRNAF e PRONAMP;
1.3- No tocante as importações de leite, exigimos a implementação de três medidas urgentes: a) criar a obrigatoriedades de um selo de rastreabilidade nos produtos importados do Mercosul e fora do Mercosul, afim de garantir a transparência quanto a origem do produto seguindo protocolo de rastreabilidade mundial - selo esse emitido por quem tem fé pública nos países de origem; b) suspender a resolução GECEX Nº 353, de 23 de maio de 2022, e a aplicação da alíquota de 12% estabelecida pela Tarifa Externa Comum (TEC), do Mercosul pelo período de 6 meses; c) fiscalização através de auditorias nas empresas que mais importaram leite em pó no brasil de agosto de 2022 até agosto 2023, afim de apurar o destino do leite importado;
1.4- Criação imediata dos parâmetros técnicos que diferenciam leite reidratado do não reidratado e ação conjunta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Receita Federal do Brasil na fiscalização de leite em pó importado, cuja reidratação é proibida;
1.5- O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), por meio da Companha Nacional de Abastecimento (Conab) e aumentar as compras governamentais de leite e derivados.
COMBATE À FRAUDE E LEITE LIMPO
a) Criar parâmetros para diferenciar o leite reidratado do não reidratado e possibilitar a fiscalização no varejo;
b) Coordenados pelo Ministério da Justiça, desenvolver um esforço de inteligência investigativa para punir os fraudadores e acionar os e a autoridade sanitária;
c) Qualificar as ações dos órgãos de vigilância e inspeção sanitária no Brasil e nos estabelecimentos produtivos e industriais dos países exportadores;
d) Promover campanhas de informação e esclarecimento ao consumidor por meio dos PROCONS e PRODECON.
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE LEITE
a) Aplicação de medidas antidumping, se for comprovado o caso;
b) Retirar o leite do acordo de livre mercado no âmbito do Mercosul;
c) Inspecionar e fiscalizar a origem e o destino das importações e tornar transparente o fluxo de importação com planilhas periódicas de informações das empresas importadoras;
d) Centralizar as importações sob coordenação e responsabilidade da CONAB com a missão de regular o abastecimento por meio de leilões e fornecimento aos programas sociais;
e) Estabelecer quotas de importação com base no défice nacional de abastecimento
f) Preparar plantas industriais de pequeno e grande porte para exportações de leite e derivados para diversos mercados consumidores.

Via Diário Cantu Notícias

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