quarta-feira, maio 31, 2023

CRIME: Advogado criminalista André Romero fala sobre homicídio do jovem Caio, praticado por um guarda municipal


 MINISTÉRIO PÚBLICO DENÚNCIA GM DE CURITIBA POR HOMICÍDIO DOLOSO


Em 25/03/2023 as 15 horas o adolescente CAIO JOSÉ FERREIRA DE SOUZA LEMES, foi morto com um disparo na cabeça durante uma abordagem da GM de Curitiba.


Os guardas afirmavam que durante uma abordagem CAIO teria investido contra a equipe com uma faca de 25 cm que estava no boné e portanto teriam agido em legítima defesa.


O Advogado ANDRÉ ROMERO que representa a família de CAIO JOSE, afirmou desde o início que os fatos não aconteceram daquela forma e realizou alguns requerimentos para a autoridade policial.


No deambular da investigação uma testemunha ocular afirmou que CAIO estava rendido com a mão na cabeça quando o guarda efetuou o disparo.


Um dos componentes da guarnição também informou que CAIO estava rendido e afirmou que CAIO não estava armado com uma faca, a qual foi “plantada” no local do evento pelos colegas e mais, que aludida faca teria sido apreendida durante o serviço anterior da equipe.


Diversas testemunhas foram inquiridas e ao cabo delegado relatou o inquérito, entendendo ser um crime de homicídio culposo.


O MP ao analisar os autos e verificar as versões (legítima defesa), o laudo de necropsia da vítima que demonstra que o disparo foi efetuado de cima para baixo, ou seja, comprovando a versão da testemunha ocular de que CAIO estava rendido de joelho e com as mãos na cabeça, entendeu tratar-se de um crime doloso, com a intenção de matar, e duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a resistência da vítima.


Ademais o fato de plantar uma faca na cena do crime para justificar o evento morte, também demonstra a existência de dolo na conduta dos agentes públicos.


Importante rememorar que os guardas bateram a viatura por ocasião da abordagem, estava com muita raiva e desceu com a arma a pronto emprego com o dedo no gatilho.


A família de CAIO e representada por uma banca de advogados, formada pelos criminalistas ANDRÉ ROMERO, CLÁUDIO DALLEDONE, NELSON KAMINSKI, LEANDRO CORRÊA, SANDRO SPRENGER, AIRTON ADONSK JR e RIAN DE SA, todos conhecidos da família e que buscaram até as últimas consequências a responsabilização dos agentes públicos.

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