sexta-feira, fevereiro 28, 2020

Caso Daniel: Juíza manda Edison Brittes e mais seis réus a júri popular

Edison Luiz Brittes Júnior, suspeito de matar o jogador Daniel, será levado a júri popular  — Foto: Reprodução/ RPC Curitiba
A juíza Luciani Martins de Paula determinou que Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Correa, e mais seis réus sejam levados a júri popular.

A sentença de pronúncia foi proferida na tarde desta sexta-feira (28) e ainda não há data para que o julgamento aconteça.

O jogador Daniel Freitas foi morto em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em outubro de 2018. O corpo dele foi encontrado com o órgão sexual mutilado, próximo a uma estrada rural. Edison Brittes disse que o matou porque ele tentou estuprar a esposa dele, Cristiana Brittes.

Na decisão desta sexta, a juíza também determinou a manutenção da prisão preventiva de Edison.

"Registre-se que os crimes em análise, tal como teriam sido praticados, revelam não apenas a ‘gravidade concreta’ e ‘relevante’, extrapolando aos meros ‘tipos penais’ em que foi inserido, mas, também, avulta o fundamento da ‘conveniência da instrução processual”, disse a juíza.

Saiba os réus e por quais crimes serão levados a júri popular

Edison Brittes Júnior
Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
Ocultação do cadáver
Fraude Processual
Corrupção de menor
Coação do curso do processo

Cristiana Rodrigues Brittes
Fraude Processual
Corrupção de menor
Coação do curso do processo

Allana Emilly Brittes
Fraude Processual
Corrupção de menor
Coação do curso do processo

David Willian Vollero Silva
Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
Ocultação do cadáver
Fraude Processual

Eduardo Henrique Ribeiro da Silva
Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
Ocultação do cadáver
Fraude Processual
Corrupção de menor

Ygor King
Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
Ocultação do cadáver
Fraude Processual

Evellyn Brisola Perusso
Fraude processual



Denúncia negada

Cristiana Brittes foi impronunciada para o crime de homicídio. Isso significa que a juíza negou denúncia contra Cristina para este crime.

David Silva foi impronunciado pelos crimes de denunciação caluniosa e foi sumariamente absolvido do crime de corrupção de menor. Da mesma forma, Ygor King foi absolvido do crime de corrupção de menor.

Ainda conforme a sentença, Evellyn Perusso foi impronunciada pelos crimes de denunciação caluniosa e falso testemunho. Ela também foi absolvida da acusação de corrupção de menor.

O outro lado

Em nota, o advogado Cláudio Dalledone Júnior, que defende a família Brittes, disse que recebeu a decisão de impronúncia da acusação de homicídio "com naturalidade e certeza genuína de sua inocência".

"Cristiana foi e é a maior vítima de toda essa trágica história marcada pelo desrespeito a condição da mulher", diz trecho da nota.

O advogado Edson Stadles, que defende Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, disse vai interpor um embargo de declaração para que a juíza justifique os motivos de não ter 'enfrentado ou apreciado' as teses da defesa apresentadas nas alegações finais.

O advogado Luís Roberto Zagonel, que defende Evellyn Brisola Perusso, disse que recebeu com satisfação a decisão de primeiro grau.


Para Zagonel, a decisão de impronúncia de acusação por denunciação caluniosa, falso testemunho e corrupção de menores foi acertada. O defensor acredita que ao final do processo Evellyn não será remetida à júri popular por essa denúncia.

O G1 entrou em contato e aguarda retorno da defesa de Ygor King e David Willian Vollero Silva.

Via G1PR

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