
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed), 126 colégios aderiram parcialmente ao movimento na manhã desta segunda.
Outras 36 escolas estaduais tiveram adesão total à paralisação. Ao todo, o estado conta com 2.143 escolas na rede pública.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), a greve foi aprovada após uma assembleia realizada no dia 22 de novembro. O movimento é contrário à reforma da previdência sugerida pelo Governo do Paraná.
A APP-Sindicato disse ainda que não está de acordo com algumas propostas da educação feitas pelo governo.
Entre elas estão o fechamento de turmas e escolas na rede estadual, além da restrição na oferta do ensino médio noturno e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), conforme a categoria.
A Seed disse que a adesão parcial de alguns servidores à paralisação não indica que os alunos ficaram sem atendimento.
Até a manhã desta segunda-feira, a APP-Sindicato não havia divulgado um balanço da adesão dos servidores à paralisação no estado.
Alteração na previdência
No dia 18 de novembro, o governo enviou uma um pacote com três projetos, incluindo uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), para alteração na previdência dos servidores.
A proposta prevê o aumento da alíquota na contribuição dos servidores, de 11% para 14%, além do estabelecimento de idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres se aposentarem.
Governo disse que a emenda altera os artigos 35 e 129 da Constituição do Estado, e que a medida, replica o texto da PEC aprovada no Congresso Nacional, obedecendo regras gerais da reforma da previdência.
A APP-Sindicato disse que a categoria sofre com salário defasado e que o aumento na alíquota acarretaria na redução do poder de compra salarial.
Remanejamento de turmas
A Seed anunciou o remanejamento de vagas do período noturno do ensino médio em escolas estaduais para o período diurno no dia 20 de novembro. A mudança deve começar a valer no ano letivo de 2020.
Segundo o Governo do Paraná, o principal motivo do remanejamento das vagas é a taxa de evasão escolar. Em 2018, a taxa foi de 3,6% para alunos do período diurno, e 17,6% nas turmas da noite, de acordo com a gestão.
Conforme o sindicato dos servidores, o governo não está enfrentando o problema de evasão escolar e usa os dados para justificar o fechamento de turmas.
Via G1PR
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