quarta-feira, novembro 28, 2018

Paraná reduz mortalidade por aids, diz estudo do Ministério

Em três anos, o Paraná reduziu o coeficiente de mortalidade em decorrência da aids de 5,1 óbitos por 100 mil habitantes, em 2014, para 4,1 óbitos em 2017, o que representa uma redução de 19,6%. Os dados são do novo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, divulgado ontem durante evento de celebração dos 30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Aids, em Brasília.
Em relação aos casos, desde o ano de 2014, também observa-se redução da taxa de detecção de aids no Paraná. Eram 19,2 casos por cada 100 mil habitantes, em 2014, e, em 2017, são 17 para cada 100 mil habitantes, o que representa uma redução de 11,4%.
No total, 21 estados apresentam redução na taxa de mortalidade — AM, RR, PA, AP, TO, MA, PB, PE, AL, SE, BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS, MT e o DF. Cinco estados apresentam aumento: Rondônia, Acre, Ceará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Os estados do Piauí e Goiás mantiveram a mesma taxa de mortalidade entre 2014 e 2017.
No país, em quatro anos, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 por 100 mil habitantes, em 2014, para 4,8 óbitos em 2017.  Os novos números da epidemia revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil, um registro anual de 40 mil novos casos. 
Desde a introdução do tratamento para todos, até setembro deste ano, 585 mil pessoas com HIV/aids estavam em tratamento. Os antirretrovirais são totalmente financiados pelo Governo Federal. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta um dos melhores medicamentos do mundo para tratamento da doença, o dolutegravir, segundo o Ministério da Saúde. O medicamento está disponível gratuitamente, sendo que 87% das pessoas com HIV já fazem uso do dolutegravir.
Também foi lançada, pelo Ministério da Saúde, uma nova campanha publicitária contra a aids em todo o País.
Infecção por HIV avança no Estado, e preocupa
No Paraná o número de novos casos de aids vem diminuindo. Entre 2010 e 2017, houve recuo de 1.626 para 1.107 ocorrências. Por outro lado, no mesmo período, a quantidade de infecção do vírus HIV tem aumentado. Em 2010, foram diagnosticados 692 casos, contra 2.609 em 2017.  Até outubro deste ano, já eram 1.525 novas ocorrências. Como os sintomas da infecção podem demorar até oito anos para aparecer, os exames de rotina são fundamentais para descobrir a infecção. 
“Atualmente, são disponibilizados exames rápidos que possibilitam diagnósticos precisos. É essencial que as pessoas ativas sexualmente realizem os exames pelo menos uma vez ao ano”, ressalta a diretora médica do Frischmann Aisengart, laboratório da Dasa, Myrna Campagnoli. A médica alerta que o aumento do número de infecção é preocupante principalmente entre os jovens de 15 a 19 anos.
O HIV é transmitido principalmente por relações sexuais desprotegidas e compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas com sangue. A aids é uma doença crônica. Ela acontece quando a pessoa infectada pelo HIV tem o seu sistema imunológico danificado pelo vírus.

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