Jorge Camargo Freitas (à dir) e Pedro Campos, moradores de Laranjeiras do Sul. Foto: Marco Antônio Carvalho / Estadão |
Trafegar pela Rodovia PR-473 exige atenção redobrada. A pista simples ladeada em sua maior parte por mato alto e árvores está por vezes ocupada por indígenas da Aldeia Rio das Cobras. Muitos são os jovens da etnia Guarani e Kaingang que usam as margens e o asfalto para brincadeiras e como ponto de encontro para bate-papos; alguns pedem esmola, outros vendem artesanato. Na terça-feira, no entanto, a chuva, que desde o fim de semana era ininterrupta, fizera a maioria deles se abrigar na aldeia. Ninguém viu, no fim da tarde, a longa caravana passar por ali em uma velocidade maior do que a costumeira. Estava atrasada.
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Cerca de 70 quilômetros, com duas cidades no meio, separam Quedas do Iguaçu de Laranjeiras do Sul. E foi nesse trajeto – mesmo que a polícia nem ninguém saiba exatamente em que altura –, que teriam sido disparados ao menos três tiros contra a caravana de Lula. É também a ausência da informação sobre o ponto específico em que os disparos teriam acontecido, além da falta de testemunhas, que dificultam a investigação policial. Até agora, ninguém foi preso.
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