
Os jovens Claudio Cantelli Junior e Rodolpho Scherner Neto, presos na Operação “Bala da Noite”, são considerados pela polícia como os principais traficantes na rede envolvendo pessoas da classe média alta de Guarapuava. Era essa dupla - cada um liderando um grupo -, que abastecia outras pessoas vendendo no “atacado” e repassando para outros com entrega no “varejo”.
A maioria já está presa. Jean Carlos Galarça, Erian Ribas Kramer, Jimmy Geezer Bueno, Claudio Cantelli Junior, Emanoel de Mattos, Amanda Padilha Antonischen, Lilian de Souza, Francisco Cezinando Celestino, Guilherme Aires de Alencar (foragido), José Aires de Alencar Neto, Sidenir Oliveira da Silva, Willian Augusto Brescovit, Rodolpho Scherner Neto, Thiago Petroski, Leonardo Rosseto de Almeida, Jorge Henrique de Oliveira Polegath e Willian José Pielak.
A consideração é feita pelo delegado adjunto da 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava, Alysson de Souza, que coordena as investigações e consta no pedido de prisão feito 1ª Criminal, no dia 24 de novembro de 2016. O documento, com 22 páginas, vazou nas redes sociais após ter sido aberto a advogados de defesa.
O “fio da meada” da rede de tráfico que tinha como “pano de fundo”, principalmente, festas raves que ocorriam nos arredores da cidade. O esquema começou a ser desvendado com a prisão de um traficante no dia 23 de março de 2016. Ele foi flagrado com cocaína e no aparelho celular constava uma agenda de usuários de drogas sintéticas. De acordo com o auto das prisões, o jovem, cujo nome está sendo preservado a pedido da polícia por questões de segurança pessoal do delator, em troca de delação, nominou os demais em depoimento colhido pelo promotor Claudio Cortesia. Segundo o traficante, ele adquiria cocaína e ecstasy com Rodolpho e Cantelli Junior e, em janeiro deste ano, ambos tinham trazido 700 comprimidos de ecstasy de Pinhais. “A delação trouxe detalhes da traficância”, confirmados num trabalho investigativo preliminar e por denúncias contra Cantelli Junior e Rodolpho no número 181 (Disque Drogas).
A partir de então, o Ministério Público requereu interceptações telefônicas de Cantelli Junior, Rodolpho e Emanoel de Mattos, também citado pelo delator. De acordo com o documento da Polícia Civil, nas conversas interceptadas ficou claro "que Cantelli Junior e Rodolpho ainda estavam no comando da farta distribuição de drogas” nas festas de música eletrônica em Guarapuava e região, “e o pior” com a ajuda de dezenas de pessoas. No caso, os outros representados.
Segundo a polícia, o esquema para a venda das drogas era dividido. Com Cantelli Junior atuavam: Emanoel de Mattos, Amanda Padilha Antonischen, Lilian de Souza, Francisco Celestino e Willian Brescovit - este, segundo a polícia, usuário e também revendia ecstasy, tanto para Canetlli Junior como para Emanoel. A polícia acredita que essa venda era para custear a sua própria dependência.
Segundo as apurações policiais, Emanoel chegou a entregar um veículo Montana a Cantelli Junior como pagamento de dívida.
Rodolpho contava com o auxílio de Leonardo Rosseto de Almeida, Erian Ribas Kramer, Jorge Henrique de Oliveira Polegath, Thiago Petroski, Willian José Pielak, Jean Carlos Galarça, e o adolescente F.F.A. Manoel, entretanto, também pegava droga de Cantelli Junior, enquanto Jimmy Geezer Bueno, de Curitiba, é considerado o principal fornecedor de drogas sintéticas dentro da hierarquia do tráfico em questão. No decorrer das investigações, o Setor de Narcóticos da Polícia Civil chegou aos irmãos Guilherme e José Aires de Alencar. Foram eles que identificaram Sidenir Oliveira da Silva, de Ponta Grossa.
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