sábado, novembro 05, 2016

Usina Baixo Iguaçu anuncia demissão de 393 funcionários


A Direção da empresa responsável pelas obras de construção da Usina Baixo Iguaçu, entre os munícipios de Capitão Leônidas Marques e Capanema, comunicou por meio de nota oficial a imprensa que até esta sexta-feira (04) já demitiu 393 funcionários do canteiro de obras. Outros 126 estão em processo de demissão. 

Segundo a empresa ação teve de ser tomada em virtude da ocupação da entrada do canteiro de obras da usina por agricultores representados pelo MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), que protestam contra o valor das desapropriações rurais que para eles é considerado não correspondente ao valor real das terras.

Veja a nota:


"Desde o último dia 26 de outubro, data do deferimento de liminar no interdito proibitório pela Exma. Dra. Juíza Roseane Assumpção, da Comarca de Capanema, a Usina havia desacelerado o processo de desmobilização do seu canteiro de obras, por acreditar no cumprimento da decisão judicial por parte dos manifestantes ligados ao Movimento dos Atingidos por Barragens, que bloqueiam o acesso de entrada e saída do local desde a tarde do último dia 18 de outubro.

Como a decisão judicial não foi cumprida, o que levou a Exma. Dra. Juíza Roseane Assumpção a oficiar, na data de ontem (3 de novembro), a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná e o Comando da Polícia Militar do Estado do Paraná solicitando o cumprimento imediato da ordem judicial, a Usina retomou o ritmo normal da desmobilização.

São muitas as dificuldades impostas pelos manifestantes, que não cumprem a ordem judicial e não permitem a entrada de pessoal no seu local de trabalho para a retirada e entrega dos EPIs (equipamentos de proteção individual) e impedem a saída de maquinários e equipamentos do canteiro que precisam ser entregues aos fornecedores.

A Usina informa à opinião pública que os prejuízos causados pelos manifestantes e pela paralisação das suas obras, que completa 17 dias nesta sexta-feira (4), já são irrecuperáveis, com reflexos para todas as cidades da região.

A Usina permanece no aguardo das autoridades competentes para o cumprimento da determinação judicial que lhe assegura condições de retomada das obras. Até que isso aconteça, a desmobilização do canteiro terá andamento."

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