domingo, janeiro 12, 2014

Aliados de Dilma brigam por ministérios

PMDB, PP e PROS disputam maior espaço na reforma ministerial de Dilma Rousseff nas próximas semanas. A disputa inclui até acusações de sabotagem na liberação de emendas: os peemedebistas afirmam que o PP, que comanda o Ministério das Cidades, está barrando dinheiro para seus deputados. A reportagem João Domingos no Estadão.
 
Principais forças da coalizão governista na Câmara - atrás apenas do PT da presidente Dilma Rousseff -, os dois grupos têm como principal objetivo obter o controle da pasta de Integração Nacional, responsável por uma das mais importantes obras do governo, a Transposição do Rio São Francisco. 
 
A ideia é acumular postos que poderão ter influência nas eleições e, assim, aumentar suas bancadas nas eleições de outubro - o tamanho das bancadas é o principal parâmetro para definir o espaço de cada partido em um governo. 
 
Em uma reunião nesta semana em Brasília, o bloco PP-PROS decidiu que vai reivindicar a Integração Nacional, que o PMDB dá como certo que estará em suas mãos. As duas siglas também definiram que pretendem incorporar mais um ministério e, assim, aumentar de um para três seu espaço no Executivo. 
 
"Somos a terceira maior força da base do governo e a mais disputada pelos candidatos que vão concorrer à presidência. Junto com o PROS, temos 58 deputados. Estamos muito próximos do PMDB", afirma o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que oferece ao governo em troca desses espaços o apoio do partido à reeleição da presidente. Em 2010, o partido ficou neutro na disputa. 
 
O PMDB, por sua vez, afirma que abre mão da Integração Nacional desde que o PP aceite entregar o Ministério das Cidades. Nesse caso, os peemedebistas até dariam de troco o Ministério do Turismo. "Nem a Integração Nacional nem o Turismo têm execução orçamentária que atenda ao País e aos parlamentares como o Ministério das Cidades", afirma o líder peemedebista na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). "Se o PP quiser fazer a troca, está feito", avisa o parlamentar. 
 
A troca, rejeitada pelo PP, interessaria porque Cidades tem muito mais condições de investimentos nas bases eleitorais do que Integração Nacional. A pasta tem orçamento previsto para este ano de R$ 22,98 bilhões, sendo R$ 6,92 bilhões para investimentos. É nela que estão os recursos para programas de alto apelo eleitoral, como o Minha Casa Minha Vida. A Integração Nacional contará neste ano com orçamento de R$ 8,45 bilhões, dos quais R$ 6,56 bilhões para investimentos. 
 
Cidades leva outra vantagem pelo retorno imediato em termos de votos, pois suas obras são mais visíveis ao eleitor, como casas, saneamento e asfalto nas ruas, que podem ser concluídas em curto espaço de tempo, enquanto a Integração trata de construções demoradas, como a transposição do São Francisco e semelhantes, que beneficiam locais muito específicos.

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