O esporte de um município não se constrói com frases de efeito, tampouco com balanços autoelogiosos. Ele se constrói com visão, conhecimento técnico, liderança e resultados estruturantes. E é exatamente nesse ponto que a atual gestão da Secretaria de Esportes de Laranjeiras do Sul, comandada por Rodrigo Scheis, começa a revelar suas fragilidades.
Ao fazer um balanço de 2025, Rodrigo Scheis tenta vender a imagem de uma secretaria organizada, eficiente e protagonista. Mas quando se olha além do discurso, o que se vê é um gestor com baixa densidade técnica, pouco domínio de política pública esportiva e um entendimento limitado do esporte como instrumento de desenvolvimento social, econômico e humano.
Uma trajetória que explica a gestão
A trajetória esportiva de Rodrigo Scheis ajuda a entender sua condução administrativa. Nos clubes de maior expressão por onde passou, Rodrigo nunca foi protagonista. Foi, na maior parte do tempo, reserva, figurando no banco, aguardando oportunidades que raramente vieram. Em alguns momentos, quando participou da montagem de equipes, chegou a atuar como titular — mas de forma pontual, por poucos minutos, sem deixar marcas relevantes.
Essa trajetória não é um demérito pessoal no campo esportivo, mas torna-se um problema quando se traduz em gestão pública. O esporte exige liderança, leitura de jogo, capacidade de formar times, pensar o coletivo e, sobretudo, planejar a longo prazo. E isso claramente falta na atual secretaria.
O resultado é uma política esportiva reativa, limitada a participações em competições e resultados pontuais, sem projetos estruturantes, sem calendário robusto e sem impacto real na economia e na vida da população.
O contraste inevitável: Rafael Nascimento
O contraste com a gestão anterior, comandada por Rafael Nascimento, é inevitável — e constrangedor para a atual administração.
Rafael não apenas falava de esporte. Ele entregava esporte.
E entregava em todas as dimensões:
Formação esportiva
Alto rendimento
Eventos de massa
Movimentação econômica
Projeção estadual do município
Sob sua gestão, Laranjeiras do Sul deixou de ser figurante e passou a ser referência no cenário esportivo paranaense.
Eventos que movimentaram a cidade e o bolso do povo
Diferente do que vemos hoje, a Secretaria de Esportes, na gestão de Rafael Nascimento, criou e consolidou eventos próprios, que colocaram Laranjeiras no mapa esportivo do Paraná e do Brasil:
Laranjeiras Cup
Um dos maiores torneios de base da região, trazendo equipes de vários estados, lotando ginásios, campos, hotéis, restaurantes e aquecendo o comércio local.
Operário Laranjeiras
Apoio estruturado ao clube, fortalecendo o futsal, gerando empregos, visibilidade e identidade esportiva para a cidade.
Corridas de rua
Eventos que reuniam atletas locais e regionais, incentivando saúde, lazer e ocupação dos espaços públicos.
Ciclismo e Pedala Paraná Solidário
Esporte aliado à solidariedade, ao turismo e à integração regional.
Entre outros que você leitor pode me ajudar a lembra.
Esses eventos lotaram arenas, ginásios e hotéis. Trouxeram dinheiro novo para a cidade, valorizaram o comércio local e deram orgulho à população.
Do protagonismo ao improviso
Hoje, o que se vê é uma secretaria que vive de heranças, participa de eventos organizados por terceiros e tenta transformar presença em competição em política pública.
Rodrigo Scheis fala em planejamento, mas não apresenta:
Um calendário anual robusto;
Eventos próprios consolidados;
Programas de base estruturados;
Impacto econômico mensurável.
O esporte municipal foi reduzido a ações fragmentadas e discursos vazios, muito distantes do que já foi construído.
Conclusão: o esporte não aceita amadorismo
Laranjeiras do Sul já provou que sabe fazer esporte de verdade. Já mostrou que é possível unir formação, competição, inclusão e desenvolvimento econômico.
O problema é que, hoje, a secretaria está nas mãos de alguém que sempre assistiu o jogo do banco — e agora tenta comandar o time sem saber ler a partida.
Enquanto Rafael Nascimento deixou um legado, Rodrigo Scheis entrega apenas narrativa.
E no esporte, como na vida, placar não mente.
O povo de Laranjeiras do Sul sabe a diferença entre quem construiu um projeto e quem apenas ocupa um cargo.
E o Olho Aberto segue atento.

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