O Delegado de Polícia, Emanuel de Almeida, concedeu uma entrevista esclarecedora nesta semana ao jornalista Carlos Lins, da Rádio Internacional, onde apresentou detalhes de operações policiais, investigações e ações com objetivo de proteger a população de Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu.
Ele falou das estáticas do 1º trimestre deste ano, onde já são mais de 110 prisões, dezenas de inquéritos instaurados, elucidação de roubos e homicídios.
“Eu recebi essas estáticas com muito entusiasmo e a sensação que nossa missão está sendo cumprida e também temos que enaltecer nossa equipe que nos acompanha diariamente, sem a dedicação de todos o sucesso destes resultados não teria efeito. Percebo uma mudança de cultura na cidade que desfavoreceu a criminalidade. Maus elementos só se mostram onde a polícia não está presente. A não repressão aos pequenos delitos, se tornam crimes violentos e hediondos. Estamos trabalhando na base e isso tem dado bons resultados”, avalia o Delegado.
De acordo com o Delegado de Polícia, Emanuel de Almeida as ações e operações aconteceram depois de meses de investigações que buscava apurar crimes de homicídios consumado e tentado, tráfico de drogas, associação para o tráfico, roubo agravado, furto qualificado e feminicídio.
Durante investigações, a PCPR identificou que os crimes estão ligados a disputas pelo monopólio do tráfico de drogas em Quedas do Iguaçu e cidades da região.
A Secretaria de Segurança do Estado fez a ampliação de operações em apoio a cidades, com maiores índices de ocorrências, com recursos do Governo do Estado para o pagamento de diárias extrajornada aos policiais, garantindo o reforço do efetivo nas regiões atendidas.
Em 2024, os 45 municípios atendidos pela operação Cidade Segura registraram queda de 7,3% nos homicídios dolosos. Foram 1.130 casos no período, ante 1.219 em 2023.
PAIS NÃO IMPÔEM LIMITES AOS FILHOS
Dr. Emanuel vem realizando palestras nas escolas a pedido de diretores, com objetivo de coibir o uso de drogas e de cigarros eletrônicos (Vape).
“A falta de limites nesses jovens, onde alguns estão levando cigarros eletrônicos e baseados de maconha na escola. Querem traficar ou desrespeitar professores tem tido maior incidência nas dependências de unidades de ensino. A nossa presença numa forma preventiva certamente vai trazer uma maior consciência aos alunos que estão no caminho da delinquência”, explicou Emanuel.
O uso de cigarros eletrônicos, produto que virou uma “moda” entre os jovens durante a pandemia e cujo consumo tem aumentado entre eles.
Também chamado de vape, pod, e-cigarro, e-cig ou e-cigarette, o cigarro eletrônico funciona através de uma bateria que esquenta um líquido composto de água, aromatizante, nicotina, propilenoglicol e glicerina vegetal. Com o aquecimento, o dispositivo produz uma fumaça branca e sem cheiro, ou com um cheiro que se dissipa rapidamente no ar. Durante o consumo desses produtos, são introduzidas, no organismo, milhares de substâncias tóxicas, incluindo a nicotina, que causa dependência.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as substâncias liberadas são tóxicas e irritantes, podem provocar dermatite e enfisema pulmonar, além de câncer e problemas cardiovasculares.
O Brasil se tornou uma referência mundial por adotar todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate ao tabagismo, que ainda hoje mata cerca de 430 pessoas por dia, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
TRÁFICO DE DROGAS EM LOCAIS COM A PRESENÇA DE CRIANÇAS
Nesta semana investigadores de polícia, junto com Dr. Emanuel obtiveram sucesso no fechamento de duas chamadas “Bocas-de-fumo”, ou local para comercialização de drogas, onde foi registrado a presença de crianças que mexeu com o emocional dos policiais na ação, pelo estado de degradação em que viviam essas crianças, presenciando usuários e traficantes num movimento intenso.
O Delegado destacou que a participação da comunidade nas denúncias tem sido fundamental para o sucesso de algumas ações policiais e a prisão de meliantes ou foragidos da justiça.
MULHER SEGURA
A operação Mulher Segura será ampliada para os 399 municípios do Paraná, em 2025. O programa promove ações de combate à violência doméstica, empoderamento feminino e conscientização sobre direitos da mulher. Desde sua implantação, foram realizadas 421 palestras, que alcançaram mais de 51 mil pessoas.
Em Quedas do Iguaçu mais de 50% das ocorrências policiais envolve a violência contra a mulher, onde os setores de segurança vêm atuando nas prisões, com objetivo de evitar novos casos de feminicídios e uma violência continuada.
Dr. Emanuel é natural de Brasília-DF, tem 25 anos, está no cargo a cerca de um ano e meio, mas tem experiência atuando na Delegacia de Crianças e Adolescentes (Londrina), Delegacia da Mulher (Curitiba), Tribunal Superior do Trabalho e Anvisa em Brasília.
com Diário Cantu Noticias
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