Somos todas Bertha Lutz, Simone de Beauvoir, Carlota Pereira de Queiroz (eleita a primeira deputada do Brasil)... Dentre tantas!
Em 1827, por meio de uma lei, as mulheres brasileiras foram autorizadas a frequentar a escola. No entanto, a lei garantiu acesso apenas às escolas elementares. O mundo era dos homens...
No mundo, o movimento feminista surgiu como uma forma de reivindicar o acesso à educação e muitos outros direitos básicos. As origens do movimento estão atreladas aos acontecimentos da década de 1960. Nesta época, com o surgimento da pílula anticoncepcional, as mulheres conquistaram maior autonomia sexual.
Escritoras como Simone de Beauvoir e Betty Friedan ganharam espaço por buscarem desconstruir o papel então convencionado para a mulher na sociedade. O mundo ainda era dos homens...
Um caso emblemático desse período aconteceu no dia 7 de setembro de 1968, quando centenas de mulheres de várias partes dos Estados Unidos saíram às ruas de Atlantic City e protestaram contra os estereótipos femininos e a "ditadura da beleza". A ideia era fazer uma queima coletiva de sutiãs. No entanto, o plano não foi concretizado. O mundo ainda era dos homens...
Em 1961, a comercialização da pílula anticoncepcional causou uma revolução de costumes e liberdade sexual. A pílula foi desenvolvida por dois médicos americanos, Gregory Pincus e Carl Djarassi, com incentivo da feminista e ativista social Margaret Sanger e financiamento de Katharine McCormick, uma rica herdeira industrial. O mundo ainda era dos homens...
O histórico da maioria das sociedades que nos antecederam restringe o papel da mulher como reprodutora e cuidadora do lar, sempre sendo “protegida” pelo homem. Como a mulher nunca trabalhava por estar sempre cuidando dos filhos e das responsabilidades da casa, o homem, por sua natureza maior fisicamente e mais forte, assumiu o papel de provedor e protetor da família.
Com a evolução dessas sociedades sendo baseada no núcleo familiar dito patriarcal, o homem alcançou posições mais privilegiadas e papéis mais importantes do que a mulher, com isso as mulheres foram ficando cada vez mais diminuídas no que diz respeito a posição que ocupavam na sociedade, sendo submetidas a mero objeto de posse masculina, a criação da mulher era baseada em sempre respeitar um “macho alfa” dentro do núcleo familiar, primeiro pai, depois o marido e, se caso enviuvassem, o filho mais velho,que tomaria as rédeas da família.
As mulheres, na política, representam hoje 5,7% do total dos prefeitos eleitos, e 11,61% dos vereadores. No Congresso Nacional, a bancada feminina é composta por cinco senadoras e trinta e quatro deputadas federais. No poder Judiciário, uma mulher passa, pela primeira vez, a ocupar uma vaga de ministra do STF (Supremo Tribunal Federal). Ainda é MUITO pouco, e entender a evolução histórica do papel feminino, explica tudo!
Hoje, as mulheres representam 44% do mercado de trabalho, mas recebem remuneração 41,3% menor que a dos homens. E isso se dá apesar de 42% delas já terem concluído o 2º grau; esse índice, entre os homens, é de 26%, segundo dados do DIEESE. Na área rural, as mulheres conquistaram o direito ao título da terra, antes destinado apenas ao homem.
Temos mais um milhão de mulheres jovens grávidas todos os anos e uma mulher sofre uma agressão a cada quatro minutos. Apavorante não é? Mas é tão “simples” deixar o lar... Como dizem por ai em páginas falsas sobre empoderamento... A realidade não é, e nunca será a mesma para toda a população feminina.
São dados da CPI da Violência Contra a Mulher, do Congresso Nacional. E, segundo dados da Sociedade Mundial de Vitimologia, 23% das mulheres brasileiras estão sujeitas a algum tipo de violência doméstica 2021, ainda somos questionadas diariamente sobre nossa capacidade para exercer funções de chefia, ainda ouvimos comentários como “saiu com quem para estar sentada ai”, ou “ onde está o seu chefe?”, o mundo ainda é dos homens. . Algumas mulheres por idolatria a vida de conforto e riqueza abrem mão de sua própria identidade. Não raras vezes apresentam-se, simplesmente, como esposa do senhor fulano de tal sem, sequer, mencionar o próprio nome.
Em pleno século XXI, ainda não é possível dizer que a mulher encontra-se socialmente em igualdade de condições com o homem. É inegável que houveram inúmeras conquistas e que a situação de jugo do homem sobre a mulher diminuiu consideravelmente. Atualmente há meninas estudando no Colégio Militar, como em minha cidade, Curitiba PR, reduto tradicionalmente masculino, mas ainda há escolas, como o Colégio São Bento, que não as admitem em suas salas de aula, a despeito do que preceitua nossa lei maior. Dá pra acreditar?
Há mulheres nas forças armadas, mas suas carreiras não atingem os postos mais elevados. Elas estão competindo, em todas as carreiras, com os homens, por um lugar ao sol no mercado de trabalho, mas a média de salários das mulheres é bastante inferior à dos homens, ainda que ocupantes dos mesmos cargos.
Fica a reflexão para iniciarmos a segunda feira, motivadas. Corajosas já somos de nascença! Herdamos de nossas mães, mulheres muito mais corajosas do que nós!
LYDIA LUYZA GANDOLFI CARDOSO, 23, é Acadêmica de Direito e atua no ramo de mídias sociais na Capital do Estado.
Em 1827, por meio de uma lei, as mulheres brasileiras foram autorizadas a frequentar a escola. No entanto, a lei garantiu acesso apenas às escolas elementares. O mundo era dos homens...
No mundo, o movimento feminista surgiu como uma forma de reivindicar o acesso à educação e muitos outros direitos básicos. As origens do movimento estão atreladas aos acontecimentos da década de 1960. Nesta época, com o surgimento da pílula anticoncepcional, as mulheres conquistaram maior autonomia sexual.
Escritoras como Simone de Beauvoir e Betty Friedan ganharam espaço por buscarem desconstruir o papel então convencionado para a mulher na sociedade. O mundo ainda era dos homens...
Um caso emblemático desse período aconteceu no dia 7 de setembro de 1968, quando centenas de mulheres de várias partes dos Estados Unidos saíram às ruas de Atlantic City e protestaram contra os estereótipos femininos e a "ditadura da beleza". A ideia era fazer uma queima coletiva de sutiãs. No entanto, o plano não foi concretizado. O mundo ainda era dos homens...
Em 1961, a comercialização da pílula anticoncepcional causou uma revolução de costumes e liberdade sexual. A pílula foi desenvolvida por dois médicos americanos, Gregory Pincus e Carl Djarassi, com incentivo da feminista e ativista social Margaret Sanger e financiamento de Katharine McCormick, uma rica herdeira industrial. O mundo ainda era dos homens...
O histórico da maioria das sociedades que nos antecederam restringe o papel da mulher como reprodutora e cuidadora do lar, sempre sendo “protegida” pelo homem. Como a mulher nunca trabalhava por estar sempre cuidando dos filhos e das responsabilidades da casa, o homem, por sua natureza maior fisicamente e mais forte, assumiu o papel de provedor e protetor da família.
Com a evolução dessas sociedades sendo baseada no núcleo familiar dito patriarcal, o homem alcançou posições mais privilegiadas e papéis mais importantes do que a mulher, com isso as mulheres foram ficando cada vez mais diminuídas no que diz respeito a posição que ocupavam na sociedade, sendo submetidas a mero objeto de posse masculina, a criação da mulher era baseada em sempre respeitar um “macho alfa” dentro do núcleo familiar, primeiro pai, depois o marido e, se caso enviuvassem, o filho mais velho,que tomaria as rédeas da família.
As mulheres, na política, representam hoje 5,7% do total dos prefeitos eleitos, e 11,61% dos vereadores. No Congresso Nacional, a bancada feminina é composta por cinco senadoras e trinta e quatro deputadas federais. No poder Judiciário, uma mulher passa, pela primeira vez, a ocupar uma vaga de ministra do STF (Supremo Tribunal Federal). Ainda é MUITO pouco, e entender a evolução histórica do papel feminino, explica tudo!
Hoje, as mulheres representam 44% do mercado de trabalho, mas recebem remuneração 41,3% menor que a dos homens. E isso se dá apesar de 42% delas já terem concluído o 2º grau; esse índice, entre os homens, é de 26%, segundo dados do DIEESE. Na área rural, as mulheres conquistaram o direito ao título da terra, antes destinado apenas ao homem.
Temos mais um milhão de mulheres jovens grávidas todos os anos e uma mulher sofre uma agressão a cada quatro minutos. Apavorante não é? Mas é tão “simples” deixar o lar... Como dizem por ai em páginas falsas sobre empoderamento... A realidade não é, e nunca será a mesma para toda a população feminina.
São dados da CPI da Violência Contra a Mulher, do Congresso Nacional. E, segundo dados da Sociedade Mundial de Vitimologia, 23% das mulheres brasileiras estão sujeitas a algum tipo de violência doméstica 2021, ainda somos questionadas diariamente sobre nossa capacidade para exercer funções de chefia, ainda ouvimos comentários como “saiu com quem para estar sentada ai”, ou “ onde está o seu chefe?”, o mundo ainda é dos homens. . Algumas mulheres por idolatria a vida de conforto e riqueza abrem mão de sua própria identidade. Não raras vezes apresentam-se, simplesmente, como esposa do senhor fulano de tal sem, sequer, mencionar o próprio nome.
Em pleno século XXI, ainda não é possível dizer que a mulher encontra-se socialmente em igualdade de condições com o homem. É inegável que houveram inúmeras conquistas e que a situação de jugo do homem sobre a mulher diminuiu consideravelmente. Atualmente há meninas estudando no Colégio Militar, como em minha cidade, Curitiba PR, reduto tradicionalmente masculino, mas ainda há escolas, como o Colégio São Bento, que não as admitem em suas salas de aula, a despeito do que preceitua nossa lei maior. Dá pra acreditar?
Há mulheres nas forças armadas, mas suas carreiras não atingem os postos mais elevados. Elas estão competindo, em todas as carreiras, com os homens, por um lugar ao sol no mercado de trabalho, mas a média de salários das mulheres é bastante inferior à dos homens, ainda que ocupantes dos mesmos cargos.
Fica a reflexão para iniciarmos a segunda feira, motivadas. Corajosas já somos de nascença! Herdamos de nossas mães, mulheres muito mais corajosas do que nós!
LYDIA LUYZA GANDOLFI CARDOSO, 23, é Acadêmica de Direito e atua no ramo de mídias sociais na Capital do Estado.
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