A medida entra em vigor na terça-feira (1º) e, segundo o secretário estadual Beto Preto, foi tomada por causa dos altos índices de ocupação dos leitos nos hospitais.
"Nós estamos muito próximos de um colapso', afirmou.
Os 998 leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) dedicados a adultos com a doença no Paraná estão com 81% de ocupação.
A situação é mais preocupante nos hospitais de Curitiba e região. Na divisão por macrorregião do estado, a ocupação é a seguinte:
Leste: 91%
Noroeste: 80%
Oeste: 63%
Norte: 60%
Curitiba, que faz parte da região leste, está com 96% dos leitos de UTI do SUS para adultos com Covid-19 ocupados. Na cidade, as cirurgias eletivas da rede pública estão suspensas desde 17 de novembro, e na quarta-feira (25) a prefeitura estendeu a suspensão aos hospitais privados.
"Nós tomamos a decisão principalmente com foco em liberar as equipes hospitalares para um possível avanço do número de casos coronavírus e, principalmente, o número de internamentos", disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
A suspensão não se aplica a procedimentos de cardiologia, oncologia e nefrologia ou cirurgias consideradas de urgência pelo médico.
A resolução pode ser prorrogada ou reduzida de acordo com a evolução da pandemia.
Novos leitos
De acordo com Beto Preto, novos leitos estão sendo reabertos no estado para dar conta na alta de internamentos.
Serão cerca de 200 novos leitos, entre UTI e enfermaria, na Região Metropolitana de Curitiba e 10 leitos em Guarapuava.
"Enquanto não temos uma vacina ou um medicamento completamente pacificado, a estratégia é essa", afirmou.
Alta no número de casos
Na quinta-feira (26), o estado atingiu o recorde de casos de Covid-19 divulgados pelo boletim diário da Sesa. Foram 4.404 novos diagnósticos em um único dia.
Desde o início da pandemia, são 266.639 casos confirmados e 5.989 mortes provocadas pela Covid-19.
Gráfico da Sesa mostra recorde de novos casos pelo 2º dia seguido — Foto: Reprodução/Sesa
"Estudando essa nossa curva ascendente aguda, pode se demonstrar que, se não tomarmos medidas efetivas neste momento, em 15 ou 20 dias poderíamos ter duas ou três vezes mais casos do que agora, o que implicaria em um colapso total da rede", afirmou o secretário.
De acordo com o secretário, outras medidas estão sendo estudadas para tentar frear a pandemia no estado.
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