sábado, setembro 19, 2020

Executivos de empresa dinamarquesa e ex-gerente da Petrobras viram réus por corrupção em contratos de afretamentos de navios


Dois executivos da empresa dinamarquesa Maersk e um ex-gerente da Petrobras viraram réus na Operação Lava Jato por corrupção em contratos de afretamentos de navios com a estatal.

A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pela 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, na quinta-feira(17).

Conforme a Justiça, os prejuízos causados à Petrobras foram de, pelo menos, US$ 31,7 milhões.

Quem sãos os réus?

Wanderley Saraiva Gandra (representante contratado da dinamarquesa Maersk no Brasil) – corrupção ativa
Viggo Andersen (executivo da dinamarquesa Maersk no Brasil) – corrupção ativa
Eduardo Autran (ex-gerente-geral deTransportes Marítimos da Petrobras) – corrupção passiva e peculato

O G1 tenta localizar o contato da defesa de cada um deles.

70ª fase da Lava Jato

A denúncia apresentada pelo MPF, em 19 de agosto, foi baseada na 70ª fase da Operação Lava Jato – deflagrada em dezembro do ano passado.



Segundo o MPF, os três eram responsáveis por um esquema de pagamento de propina em contratos de afretamentos de navios entre a estatal e a empresa.

A investigação nos contratos foi baseada no acordo de colaboração premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Eduardo Autran era subordinado a ele.

Propina

Viggo Andersen era representante da Maersk no Brasil e, por meio da empresa Gandra Brokerage, de Wanderley Saraiva Gandra, pagou mais de R$ 4 milhões de propina a Paulo Roberto Costa entre 2006 e 2014.

Em contrapartida, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato, Paulo Roberto Costa forneceu à Maersk informações privilegiadas sobre as demandas da Petrobras no afretamento de navios de grande porte.

Eduardo Autran participou do esquema de recebimento de propina montado pelo então diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

G1PR

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