quarta-feira, julho 17, 2019

De cama, idoso de 91 anos está sem receber aposentadoria porque não consegue provar que está vivo ao INSS

Um morador de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, está há dois meses sem receber a aposentadoria porque não consegue comprovar que está vivo ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ary Silva, de 91 anos, não consegue se locomover e vive na cama, segundo a família.

O idoso conseguiu renovar o benefício em 2018, de acordo com os familiares. No entanto, pela condição dele neste ano, o homem perdeu os prazos para ir até uma agência do INSS para fazer a prova de vida.

O filho de Ary, Paulo Silva, relatou que um agendamento chegou a ser feito pelo telefone para que um parente fosse até a agência apresentar os documentos pessoais do idoso, além de um atestado comprovando que ele não poderia andar.

De acordo com o filho do idoso, uma atendente do INSS recolheu os documentos e anotou um telefone de contato, dizendo que retornaria num prazo de até três meses. No entanto, a família ainda não obteve resposta.

"Na situação que se encontra um aposentado que recebe um salário mínimo por mês, a situação não condiz. É um descaso com uma pessoa que trabalhou vinte, trinta anos e depende somente daquele salário para viver", disse Paulo.

Segundo o INSS, em todo o Brasil, 529 mil pessoas não fizeram a prova de vida dentro do prazo estipulado, de 12 meses, para renovar o benefício. Só no Paraná, até março deste ano, são 29 mil pessoas, de acordo com os dados do instituto.
Ainda no mês de março, o INSS publicou uma resolução prevendo que beneficiários com mais de 80 anos ou com dificuldade de locomoção pudessem fazer a prova de vida em casa. Para isso, um agente seria direcionado até a residência do solicitante após um agendamento.

O que diz o INSS
Sobre o caso do idoso, o INSS disse por meio de nota que está apurando a situação e que ainda irá tomar uma decisão sobre o que será feito.

Via G1PR

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