quarta-feira, abril 24, 2019

Grande Curitiba:Terremoto atinge a cidade de Rio Branco do Sul

Centro de Sismologia da USP confirmou que um terremoto foi registrado na Grande Curitiba na madrugada dessa terça
Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) confirmou na tarde desta terça-feira (23) que um terremoto foi registrado em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O abalo sísmico foi classificado com a magnitude de 2,5 na escala Richter (que vai até 9), por volta das 4h30 da madrugada.

De acordo com o técnico em sismologia José Roberto Barbosa, da USP, o evento foi registrado após vários moradores da cidade relatarem um tremor. “Nós temos um aplicativo e recebemos diversos relatos da região de tremores durante a madrugada. Fomos checar os nossos dados e confirmamos a atividade”, relata Barbosa.

O técnico faz questão de destacar que a atividade é algo singular. “Quando ocorrem esses tremores de terras eles veem sozinhos. É uma ocorrência com relação a movimentação das placas tectônicas, que cria uma tensão em algumas regiões, resultando nesses pequenos tremores.

Essa não foi a primeira vez que a cidade registra atividades sísmicas. Em 2017, foi registrado um tremor de 3,5 grau na escala Richter, que assustou os moradores.
Rápido

O locutor Elias Santos, morador de Rio Branco do Sul, gravou um vídeo no Facebook comentando o abalo. À reportagem, ele contou que estava acordado quando sentiu o tremor – que atingiu uma grande extensão do município e durou, a princípio, cerca de dois a três segundos. “Na hora deu pra perceber que tremeu toda a estrutura da casa. Eu estava em cima da cama e eu senti a cama tremendo”, relatou.

Segundo o morador, as características do terremoto são distintas de quando o solo do município treme por causa de explosões de minas, algo comum em Rio Branco do Sul por causa da extração de calcário. Por isso, moradores da cidade passaram o dia em polvorosa e com receio de que um novo abalo pudesse ocorrer.

“Várias pessoas começaram a comentar porque perceberam que não era da mina. Um dos motivos é porque o tremor atingiu uma área bem mais longe do que quando é explosão, e também o horário, aquela hora é difícil ter. E quando há estrondo de pedreira, de mina, essas coisas, a gente conhece porque primeiro vem o ruído do estrondo e depois o tremor. E nesse caso não”, afirmou.

Apesar de relatos nas redes sociais terem indicado pequenos danos em imóveis por causa do fenômeno, Santos disse que, de maneira geral, não houve prejuízo material . “Esse foi mais curso em termos de segundo. O outro [de 2017] foi maior. Mas naquela época veio aqui o pessoal da USP e eles deixaram bem claro para a gente que isso poderia voltar a acontecer”, apontou o locutor.

De acordo com o Centro de Sismologia da USP, o tremor de setembro de 2017 foi sentido num raio de até 100 km do epicentro. Àquela época, foi comunicado que uma movimentação na Zona da Falha da Lancinha – um dos mais importantes sistemas de falha geológica do Paraná – era a hipótese mais provável para explicar o terremoto de então.

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