Enem 2018 em Laranjeiras levanta suspeitas sobre dinheiro público utilizado em pagamento de colaboradores
Depoimento de coordenador em BO omite trabalho e pagamento “em espécie” a colaboradora no primeiro dia de prova do Enem.
A materialidade da suspeita pode ser conferida no Boletim de Ocorrência (BO) número 2018/1275983, registrado pela Policia Militar de Laranjeiras do Sul, neste domingo, 11, quando uma colaboradoracredenciada foi impedida de exercer a função que lhe foi atribuída nas duas etapas do exame, tendo-a exercido integralmente na primeira etapa da prova, do domingo, 04. E, inclusive, recebido R$ 85,00 pelo primeiro dia de trabalho como fiscal de banheiro, dentro da escola, e curiosamente, em espécie.
Apesar de teremrecebido contato direto da Cesgranrio, terceirizada responsável pelo processo na região, e fornecido dados bancários e informação de que receberiam o pagamento pelo trabalhado na conta bancária informada, os colaboradores que auxiliaram no Enem, no Colégio Laranjeiras do Sul, no primeiro dia, foram informados no meio da tarde que poderiam ir passando na sala da coordenação e receber seu pagamento em dinheiro. Inclusive, a colaboradora envolvida no referido Boletim de Ocorrência, recebeu desta forma.
Ocorre que após ser removida do grupo de whatsapp dos colaboradores daquela unidade, na semana da segunda etapa,pela coordenadora Aline de Siqueira, a noticiada no BO, não foi informada do motivo ou critério de utilizado para ser excluída dentre os demais pares em igual função e experiência. Ao questionar a coordenação, sobre tal motivo, estes se omitiram, tendo apenas o coordenador regional, Sr. Túlio Adisson, quando tomou conhecimento do fato pela colaboradora, dito que esta “tinha dado um importante passo ao ter participado no primeiro dia”. Queaguardasse para participar em outras etapas.
O contato com o coordenador regional, houve pelo fato da colaboradora ser jornalista e ter solicitado a ele no dia 5, informações sobre o Enem, para a publicidade de reportagem de relevante interesse a população. Tendo recebido a informação deste, de que não era autorizado a dar entrevistas, nem informar qualquer detalhe sobre andamento do Enem, na região. No entanto, no dia seguinte às afirmativas do coordenador, o Jornal Correio do Povo do Paraná, traz reportagem sobre o Enem, com depoimentos e informações repassadas pelo Sr. Túlio Adisson.
O que provocou o BO
Após sentir-se discriminada por duas vezes, e sem justificativa - tanto na eliminação do processo como colaboradora, quanto na negativa do coordenador regional em dar informações sobre o Enem, sendo que no mesmo dia, privilegiou outro órgão de imprensa – a colaboradora decidiu comparecer para cumprir com a sua função na segunda etapa, conforme fora legalmente admitida. Porém ao chegar no local de trabalho, foi recusada pelo coordenador Marcos de Siqueira, que tentou impedi-la de entrar na escola e se credenciar, causando-lhe constrangimento e frustração. Seguindo com a recusa da informação do motivo.
Ao ser informado por ela, de que não sairia dali sem saber o motivo e critério para sua exclusão, Marcos de Siqueira pediu auxílio a Polícia Militar, que conduziu as partes até a 2ª CIA da PM e lavrou o termo circunstanciado, agendando audiência para a próxima terça-feira, 13.
O que caracteriza a suspeita sobre irregularidades
Além do pagamento em espécie para os colaboradores, a falta com a verdade no depoimento do coordenador Marcos de Siqueira, constante no BO, de que a colaboradora teria sido excluída do rol de colaboradores, já no primeiro dia de aplicação do exame e que a exclusão também se aplicaria para o segundo dia, segundo ele, por motivos sigilosos. O que por si só, coloca em questionamento a lisura do processo, uma vez que esta não só trabalhou no primeiro dia, como recebeu o pagamento em dinheiro. Ou seja, que tipo de prestação de conta está se fazendo ao órgão público responsável?!
Como funciona a prestação de serviços ao Enem:
https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/como-trabalhar-no-enem-2018.htm
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