Formação foi ministrada pelo professor da Unicentro, Luciano Ortiz, especialista em Educação Especial.
Aconteceu nesta quinta-feira, 26, durante o período matutino e vespertino na Associação dos Funcionários Públicos (Asserbi) em Rio Bonito do Iguaçu, o Curso de Formação para Docentes para professores da Rede Municipal de Ensino, atendentes e estagiários, promovida pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte. A formação faz parte do cronograma do recesso escolar de julho, já divulgada anteriormente.
A formação no período de 8 horas foi ministrada pelo professor Luciano Ortiz, da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), que possui experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, Libras, Altas habilidades/superdotação, Pedagogia da Expressão e Metodologia Ludocriativa.
O professor explicou que seu trabalho alguns anos junto à Educação Especial, tem como contribuir para experiências com alunos que possuem surdez ou sofrem de diversos distúrbios, qual dificulta a aprendizagem em sala de aula.
“Minha especialidade é na área da surdez, tendo em vista que em sala de atendimento, acabo atendendo todo tipo de aluno. Acabei desenvolvendo uma pesquisa em outras áreas porque eu vivo essa prática. Então dentro dessa vivência, acabo levando todas essas experiências para o trabalho em sala de aula, enfim, na formação aos professores e também nos cursos de pós-graduação e cursos de formação como esse aqui que viemos trabalhar em Rio Bonito. Estivemos aqui para discutir sobre as dificuldades de aprendizagem que ela vem dentre vários conflitos, várias especificidades, vários detalhes para não confundir muitas vezes, um diagnóstico de determinado aluno”, explica o professor Luciano.
Em Rio Bonito do Iguaçu foi detectada em algumas salas de aula Rede Municipal certa dificuldade na aprendizagem e o Curso de Formação do professor Luciano foi justamente para qualificar a percepção dos professores para os tipos de problemáticas apresentadas pelos alunos.
“O convite da secretária de Educação, a Fernanda (Santi) e sua equipe, foi justamente para que a gente pudesse detalhar os principais casos que ocorrem em sala de aula hoje. A dificuldade de aprendizagem pode ocorrer por vários fatores. E você tem que identificar aquele sujeito pra compreender se ele tem algum tipo de deficiência, se é dificuldade de aprendizagem, se ele não tem, por exemplo, distúrbio visual; se esse problema dele não pode ser um processamento auditivo”, explica Ortiz.
“Nós da educação não falamos da pessoa com deficiência, nós não falamos deficiência, gosto de falar da pessoa, da pessoa cega, baixa visão, surdo, baixa audição, e não pessoa deficiente auditiva. Quem trabalha para a área da saúde vai tratar dessa forma, mas nós da educação que acreditamos no desenvolvimento do sujeito, nós atribuímos com outras palavras e de outra forma. Por isso que neste curso de formação, venho aqui para detalhar a especificidade de cada aluno. Ou seja, como que o professor vai identificar em sala de aula o aluno que é disléxico, discálculo, disortográfico; como a gente vai identificar aquele aluno que possa ter algum tipo de estresse visual ou Síndrome de Irlen*”, constata.
O professor Luciano Ortiz explica que às vezes, os alunos possuem dificuldades na aprendizagem. Mas existem outras coisas simples de se resolver, como por exemplo, uma luz mais baixa em sala de aula. “Isso poderá contemplar ele e ver que nunca teve problema de dificuldade em aprender o conteúdo. Problema era uma questão orgânica, visual e de luz, algo fácil de resolver. E esse diagnóstico também é repassado aos pais do aluno para que tenham essa atenção e cuidados”, finaliza.
O que é a Síndrome de Irlen
(*) A Síndrome de Irlen (S.I.) é uma alteração visuoperceptual, causada por um desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz que produz alterações no córtex visual e déficits na leitura. A Síndrome tem caráter familiar, com um ou ambos os pais também portadores em graus e intensidades variáveis. Suas manifestações são mais evidentes nos períodos de maior demanda de atenção visual, como nas atividades acadêmicas e profissionais que envolvem leitura por tempo prolongado, seja com material impresso ou computador.
Planejamento e reinício das aulas
Para a sexta-feira, 27, a Secretaria de Educação informa que o planejamento para o segundo semestre de 2018 será nas escolas, de acordo com a organização de cada direção/coordenação para os professores, atendentes e estagiários, sendo necessário o registro no livro de chamada, no campo conteúdo, conforme Calendário Escolar homologado, bem como a Formação Continuada.
Os professores que trabalham em escolas diferentes devem realizar o planejamento de acordo com seu período de trabalho, pois haverá transporte normalmente. O retorno das aulas está agendado para o próximo dia 30 de julho (segunda-feira).
Assessoria Comunicação RBI / SMECE RBI
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