Cerca de 20% dos restaurantes e bares paranaenses devem fechar as portas até o fim deste ano. A estimativa alarmante é da seção estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), divulgada nesta terça-feira (29) durante uma coletiva de imprensa convocada para comentar os prejuízos do setor por causa da greve dos caminhoneiros.ASSINE A GAZETA DO POVO E TENHA ACESSO ILIMITADO AOS CONTEÚDOS EXCLUSIVOS DO BOM GOURMET.
A Abrasel chegou a esta estimativa com base nas informações repassadas pelos empresários: 2 em cada 10 negócios de alimentação falam em fechar ainda no segundo semestre. A associação representa 50 mil negócios de alimentação no estado (de pequeno a grande porte) e fomenta cerca de 300 mil empregos.
Os números peocupantes são resultado, segundo a entidade, do desaquecimento do mercado e da alta carga tributária que também atinge os negócios de alimentação. A crise do começo de 2018 se agravou com os dias de greve dos caminhoneiros – que chegou ao 10º nesta quarta-feira (30). Por isso, a Abrasel estima que os impactos negativos podem ser maiores no segmento e acontecerem antes do esperado.
Greve dos caminhoneiros
“A situação mais grave [nestes últimos dias] é dos restaurantes que servem almoço. Com a falta de gás, por exemplo, ele não conseguem abrir ou quando têm gás, o desperdício causado pelo baixo movimento por causa da greve é irrecuperável”, afirma Luciano Bartolomeu, diretor da entidade. Muitos restaurantes, que já estavam em situação financeira ruim, não terão recursos nem para pagar a próxima folha de pagamento.
Em Curitiba, muitos restaurantes e bares decidiram interromper as atividades enquanto a entrega de ingredientes e gás não for normalizada. Alguns optaram por abrir somente à noite, enquanto outros vão escolher quais dias do feriado.
Apesar de apoiar a greve dos caminhoneiros, a Abrasel afirma que caso os fechamentos se confirmem até o fim do ano serão aproximadamente 60 mil postos de trabalho fechados. “Nós fomos brutalmente atingidos pela crise. Nós estamos solidários com a paralisação, mas precisamos que isso cesse. Nossas reivindicações continuam. Precisamos que a reforma tributária seja incluída na agenda econômica”, afirma a presidente da Abrasel, Jilcy Joly Rinki.
Via Gazeta do Povo
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