sexta-feira, março 09, 2018

Crise político-administrativa em Cascavel, Paranhos perde três secretários

O vice-prefeito Jorge Lange pediu, ontem, para deixar o cargo de Secretário de Obras Públicas de Cascavel.
Recentemente, Jorge Lange se envolveu em uma polêmica, por conta da troca de materiais da obra do Parque Morumbi. O caso foi parar no poder judiciário e o Ministério Público também passou a investigar.
Jorge será candidato a Deputado Estadual.
Ontem também, o presidente do IPC (Instituto de Planejamento de Cascavel), Fernando Dillemburg, pediu exoneração do cargo devido à polêmica sobre a troca de material de uma obra no Bairro Morumbi. 
Por telefone ele disse à reportagem que não pediu exoneração do cargo, mas que esta decisão pode ser tomada a partir de uma conversa que terá com o prefeito Leonaldo Paranhos. A assessoria da prefeitura, no entanto, confirmou que o pedido ocorreu e foi aceito. 
A troca de materiais na obra de uma ponte antes de o aditivo ser autorizado veio à tona em novembro. Na época a secretaria de Planejamento e também a de obras foram favoráveis à troca. A secretaria de Meio Ambiente, no entanto, que é responsável pela execução, não formalizou o aditivo. Hoje, Jorge Lange pediu para deixar o cargo de secretário de Obras.
A empresa tenta na justiça o aval para a troca, mas o Vara da Fazenda Pública disse que cabe ao Prefeito decidir o desfecho do caso, mandando demolir a ponte ou autorizando a troca que já foi feita.
Dillemburg garante que agiu dentro da legalidade e seguiu critérios técnicos.
O prefeito Paranhos confirmou nesta sexta-feira (9) que o secretário de Meio Ambiente, Juarez Berté, também deixa o governo, após polêmica referente à troca de material de uma obra no Bairro Morumbi.
O prefeito enfatiza que esse afastamento pode ser temporário, até que a situação seja esclarecida. Paranhos reitera que nenhum dos secretários cometeu qualquer irregularidade.
O projeto previa construção de pontes com tubulação em metal, mas a primeira foi feita em concreto. Havia concordância das secretarias de Obras e Planejamento, mas o aditivo que autorizaria a troca não chegou a ser assinado pois a Secretaria de Meio Ambiente era contra.
A empresa entrou na justiça para tentar conseguir o aval sobre a modificação que, a princípio, geraria gasto menor ao município. Um processo administrativo foi instaurado ontem (8) para apurar os fatos.

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