terça-feira, julho 04, 2017

Policia Militar orienta profissionais da imprensa para cobertura de sequestros e rebeliões


A Polícia Militar promoveu nesta segunda-feira (3), em Curitiba, eventos voltados a profissionais da imprensa, principalmente aos que atuam nas editorias policiais. Eles participaram do simpósio Papel da Imprensa em Meio aos Eventos Críticos e do simulado Ações de Combate e Prevenção ao Terrorismo. 

A primeira parte apresentou o trabalho da unidade e exemplos do relacionamento entre a imprensa e policiais em locais de eventos críticos como sequestros, rebeliões e manifestações, entre outros. Em seguida, foi simulada uma situação real de perigo à vida.

O comandante do Bope, tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira, explicou que o objetivo do encontro foi garantir que a imprensa tenha a liberdade que é prevista na Constituição, mas de forma segura. A palestra propôs momentos de descontração e análise, sob o ponto de vista policial, de algumas coberturas de local de crise feitas por veículos de comunicação.

“A ideia não foi criticar o trabalho jornalístico e sim mostrar exemplos para juntos construirmos uma relação saudável e segura para ambos os lados”, disse a comandante da Equipe de Negociação (subunidade do Bope), capitão Cleverson Rodrigues Machado.
tenente-coronel Hudson
O tenente-coronel Hudson deu algumas dicas essenciais para que os profissionais de imprensa exerçam suas funções de forma segura e tranquila. “Primeiro, esteja em local seguro, procure algum policial militar ou agente de segurança que possa lhe passar o que for viável para aquele momento. Avalie sempre se aquilo que você está informado realmente é confiável e fidedigno para não gerar um problema maior. A Polícia Militar está aberta para atender todos os profissionais e faremos de tudo para que possam trabalhar com segurança”, garante.

O comandante da EN, também falou o encontro. “Para nós, como Bope, é importante poder mostrar nosso dia a dia, bem como entender mais do trabalho da imprensa. Estamos do mesmo lado, querendo informar e cuidar da população paranaense”, ressaltou o capitão. 


SIMULADO – Após a parte teórica, os jornalistas se dirigiram até as proximidades do estádio Joaquim Américo para o exercício prático. Eles foram divididos em dois ônibus usados no dia a dia pelos policiais da Companhia de Choque. Ao chegar em frente à Arena da Baixada, em uma ação rápida do COE, fpoi simulada uma abordagem em um dos veículos, simultaneamente à explosão de duas fireballs, bombas geralmente utilizadas para distração. Um homem foi preso dentro do ônibus.

“Infiltramos um policial entre os profissionais de imprensa, que fez o papel do causador do evento crítico, que estaria portando uma arma de fogo e alguns artefatos que poderiam ser usados na produção de uma bomba, o que não foi notado por nenhum dos participantes. Era justamente esta a ideia”, disse comandante do COE, capitão Cezar Hoinatski. Os policiais abordaram o rapaz e o levaram para fora do ônibus, como se fosse uma situação real. 


O capitão Hoinatski alertou a que a pessoa abordada não apresentava qualquer indício de risco à população e, por isso, é necessária uma preparação dos policiais para ação rápida e eficiente.

Marcela Oliveira de Carvalho, produtora na RIC TV, achou a experiência muito válida. “Foi bem interessante para a imprensa entender o lado da polícia, pois às vezes achamos que ela quer evitar que cheguemos mais próximos em um local de ocorrência, mas na verdade agora entendemos que é por segurança. Foi importante termos noção de que a exclusividade e o furo de reportagem não são tudo, temos que pensar também em nossas vidas”, disse.

Este evento já ocorreu de forma regionalizada em Ponta Grossa, Maringá, Londrina e Cascavel para profissionais de imprensa de várias regiões do Paraná. Mais de 120 integrantes de veículos de comunicação e freelancers participaram das instruções, 50 somente em Curitiba.

UNIDADE - O Bope é conta com policiais altamente capacitados para atuar em situações específicas e que possui seis subunidades: a Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), o Comandos e Operações Especiais (COE), a Companhia de Operações com Cães (COC), o Esquadrão Antibombas (EAB), a Equipe de Negociação (EN) e a Companhia de Polícia de Choque (CiaPChoque), cada uma preparada para atender eventos de sua competência.

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