domingo, junho 18, 2017

A crise no abastecimento do Gás de Cozinha atinge região sul, sudoeste, centro-oeste e nordeste.


A Petrobrás que todos brasileiros conheceram se perdeu, hoje, sob uma administração que se coloca como salvadora da pátria, mostra de forma clara, que qualquer que seja a solução, o melhor é vender, é uma queima de bens públicos, se a empresa gera lucros, então que a venda seja mais rápida. Seus aumentos no preço de gás de cozinha vêm preocupando o setor, elo direto com o consumidor, nossas revendas, só encontram indignações, lamentos de um produto que se ausente nos lares do povo brasileiro, representa aumento da fome no Brasil.

O fechamento do terminal em Utinga/SP vem agravando e colocando em risco do abastecimento do gás de cozinha em quase todo Brasil. As Companhias Distribuidoras vêm se empenhando, mas há limites dentro de uma logística que depende de transporte rodoviário, que além da elevação dos custos, vem provocando atrasos que resultam na falta de gás em algumas de suas bases.

O setor revenda vive seu impasse, muitos que optaram em atuar de forma exclusiva, ou param sua empresa e deixam o mercado desabastecido, ou arriscam comprar de outras marcas com o risco de serem autuadas pela ANP, ou de serem notificadas judicialmente por quebra de contrato por sua Companhia que nesta fase se encontra sem o gás de cozinha.

Mas a realidade do setor se agrava com o preço do gás de cozinha. Além dos aumentos da Petrobras, do impacto deste aumento gerado pela carga tributária, agora vive com amargo aumento de seus custos. A revenda para ter seu abastecimento ainda que com restrições, diante uma forma de racionamento, tem que manter seus veículos em filas que viram dias, anúncios de aumentos proveniente as elevações dos custos por parte de Companhias estão sendo repassados, e ao revendedor, só lhe cabe acatar, ainda ficando como feliz quando seu caminhão consegue mesmo que parcialmente, ter um pouco de gás de cozinha.

O consumidor por sua vez, buscando ter o botijão de gás de cozinha dentro de suas limitações, utiliza da oferta oportunista e não fiscalizada do mercado ilegal. Um cenário crescente no Brasil, onde aparentemente se mostra como ganho, o consumidor se coloca em risco, perde seus direitos garantidos no abastecimento ofertado pelas empresas legalizadas, gerando uma insegurança, que normalmente tem como resultado as tragédias anunciadas na mídia – “botijão de gás de cozinha explode”.

Na contramão desta lamentável realidade, temos um órgão regulador omisso, confuso, que em vídeo https://www.youtube.com/watch?v=JpiImifCbgU deixa seu recado:


Não orienta o consumidor ao primeiro cuidado necessário na compra de seu botijão de gás, o comprovante fiscal, e a data de validade do recipiente de GLP, se este botijão está apto a armazenar um produto perigoso, altamente inflamável em segurança e como determina nossa legislação.
Ou por erro de interpretação do repórter ou por desconhecimento do agente da ANP, afirmou nesta matéria que ...”a multa pode chegar a R$ 50 mil para pontos clandestinos e multa de R$ 50 mil a R$ 5 milhões para revendas legalizadas, que o revendedor tem que ter consciência”... Já a ANP o que busca? Incentivar a atuação do mercado ilegal por ter multas mais brandas?
A ANP nesta sua campanha que visa a legalização não busca quem fomenta o mercado ilegal, é como querer curar uma planta doente simplesmente tirando uma de suas folhas, talvez desconhecendo sua própria resolução, a ANP não autua e nem abre processo administrativo contra a Companhia Distribuidora que tem sua marca encontrada no ponto ilegal, que por meio da rastreabilidade nunca deveria permitir que seu produto chegasse nesses pontos ilegais.

Preocupados com número de denúncias do setor revenda de GLP, a Comissão Minas e Energia em 24/05/2017 realizou Audiência Pública, que ao final, através do parecer do Exmo. Deputado Federal Domingos Sávio, colocou a necessidade de se criar uma Comissão Parlamentar diante aos riscos que afetam hoje o consumidor brasileiro quanto a oferta e segurança do setor.

Uma necessidade cada dia mais emergencial, em http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/consumidores-registram-falta-de-gas-de-cozinha-em-revendedoras-de-goiania/5945679/ a Petrobras afirma em nota reconhecer problemas em refinaria de São Paulo e que em breve será normalizado, já nossas revendas e as informações que chegam, são totalmente divergentes, precisamos que a Petrobras se manifeste de forma oficial, esclarecendo os fatos para esse desabastecimento e um cronograma oficial com datas de uma possível normalização.

Finalizamos preocupados com o amanhã do setor GLP, antes que um desabastecimento ocorra de forma generalizada, antes que o tradicional botijão de gás de cozinha ultrapasse a barreira dos R$150 tendo como custo médio de R$14, lidamos com a fome e limites nunca sonhados já foram ultrapassados, empresários quase que diariamente lamentam por sua saída do setor, reflexo da ausência de uma regulação transparente, imparcial e sem vícios, evidencias claras de um setor onde o oligopólio é acima do interesse nacional.

Colocamo-nos a disposição para maiores esclarecimentos.


Cordialmente,

Alexandre Borjaili
Presidente Associação Brasileira dos Revendedores de GLP ASMIRG-BR

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