O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu nesta segunda-feira (7) aceitar a denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), contra o deputado estadual Nelson Justus (DEM). O parlamentar foi acusado de chefiar um esquema para a contratação de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no tempo em que presidiu a Casa.
As denúncias partiram de uma série de reportagens feitas pela RPC e pelo jornal Gazeta do Povo, intitulada "Diários Secretos", publicada em 2010. De acordo com as investigações, o grupo liderado por Justus conseguiu desviar cerca de R$ 200 milhões dos cofres públicos, entre 2007 e 2010.
Os promotores dizem que, enquanto Justus comandou a Alep, as nomeações na presidência cresceram de forma assustadora. Em quatro anos, o deputado chegou a contar com 345 servidores comissionados à disposição dele.
Na denúncia, os promotores afirmam que os gastos com funcionários na presidência subiram de R$ 83.033,78 para R$ 687.881,18, apenas em 2007. Dois anos depois, em novembro de 2009, os paranaenses pagavam R$ 1.014.507,89 para custear os comissionados do gabinete de Justus.
Justus foi denunciado pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e por peculato, que é o crime de desvio de dinheiro público. O deputado nega as acusações e tem afirmado que vai provar que é inocente. O advogado do parlamentar informou que vai analisar o acórdão do TJ-PR sobre o recebimento da denúncia.
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