Aos 74 anos, morre Muhammad Ali lenda eternizada na história do boxe
Morre o homem, e fica a lenda. Faleceu no fim da noite desta sexta-feira nos Estados Unidos (já madrugada de sábado no Brasil) Muhammad Ali, considerado por muitos o maior boxeador de todos os tempos. Aos 74 anos, o ex-campeão mundial dos pesos-pesados perdeu para o Mal de Parkinson a luta mais difícil de sua vida, deixando para sempre um vazio no esporte mundial. O falecimento do genial Ali foi confirmado por Bob Gunnell, porta-voz da família
- Depois de uma batalha de 32 anos contra a doença de Parkinson, Muhammad Ali faleceu com a idade de 74 anos. O tricampeão mundial dos pesos-pesados morreu esta noite. A família gostaria de agradecer a todos por seus pensamentos, orações e apoio, e pede privacidade neste momento - informou Gunnell.
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Nascido na cidade de Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos, com o nome de Cassius Marcellus Clay Jr, ele deu seus primeiros socos no boxe quando tinha 12 anos de idade, em 1954. Na época, teve sua bicicleta nova vermelha e branca, presente do pai, roubada. Ao com encontrar o policial Joe Martin, que também era treinador de boxe, disse que daria uma surra no ladrão e ouvi: “Antes disso, é melhor você aprender a boxear”. O garoto Cassius não perdeu tempo, e depois de seis meses treinando com Martin, venceu sua primeira luta de boxe.
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Ainda como amador, Cassius Clay conseguiu seu primeiro grande feito aos 18 anos, quando conquistou a medalha de ouro na Olimpíada, na categoria meio-pesado, ao ganhar na final do experiente polonês Zbigniew Pietrzykowski. Na volta aos EUA, apesar de ter sido recebido com festa por uma multidão em sua cidade-natal, um episódio marcante impulsionou sua batalha pelos direitos dos negros e igualdade racial. Em sua biografia, ele conta que entrou em um restaurante cheio de brancos e pediu um hambúrguer, mas a funcionário se negou a servi-lo. “Sou Cassius Clay, campeão olímpico”, explicou, mas de nada adiantou. A alegria deu lugar à decepção, e o boxeador acabou jogando a sua medalha olímpica no Rio Ohio.
Já como profissional, na ocasião com 19 vitórias em 19 lutas, Cassius chega para enfrentar o favorito Sonny Liston em 1964, vence no sétimo assalto em Miami, se torna campeão mundial dos pesos-pesados e grita: “Eu sou o maior”. Pouco depois disso, chegou a se aliar a Malcom X, defensor do nacionalismo negro, e também anunciou ter se convertido à religião islâmica, mudando o seu nome para Muhammad Ali. Em 1967, uma polêmica fez Ali perder o título mundial e ficar afastado do boxe por três anos. Ele se recusou a servir o exército americano na Guerra do Vietnã e ainda fez críticas ao envio de militares para o conflito com os vietcongues.
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