
Depois da repercussão negativa e da pressão popular, os vereadores de São Pedro do Iguaçu, no oeste do Paraná, devem recuar da decisão de aumentar os próprios salários e também os do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais.
O reajuste havia sido aprovado na véspera do Natal, em sessão extraordinária. Pelo texto, o vencimento do prefeito passaria dos atuais R$ 10,2 mil para R$ 12 mil. O salário dos parlamentares passaria de R$ 3 mil para R$ 4,6 mil – aumento superior a 50% – e o do presidente da Casa de R$ 3,7 mil para pouco mais de R$ 5 mil.
Foi a segunda vez em 2015 que os vereadores de São Pedro do Iguaçu aprovaram reajustes para os políticos. A justificativa para os dois aumentos foi a dificuldade para a contratação de médicos para a cidade. A legislação prevê que estes servidores não poderiam receber mais do que o prefeito, por isso, havia a necessidade de aumento.
O Ministério Público (MP) questionou a Câmara, apontando irregularidades na aprovação do projeto e solicitando um parecer da Casa. O MP considerou que os vereadores violaram o Regimento Interno e dificultaram a participação popular na votação.
Agora, o presidente da Câmara garantiu que fechou um acordo com o prefeito para que ele vete o projeto assim que as atividades públicas retornarem em 2016. Ele também disse que vai orientar os colegas a votarem a favor do veto quando o projeto for devolvido a plenário.
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