terça-feira, outubro 20, 2015

Laranjeiras do Sul - Greve bancária pode ser a mais longa da história


Sem perspectivas de negociação entre bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), a greve dos bancos chega hoje ao 15º dia e caminha para ser uma das mais longas da história. De acordo com Gladir Basso, presidente do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região, são 86 agências fechadas na área de atuação da instituição sindical, que compreende 24 municípios. Em todo o Brasil, na última sexta-feira havia 12.277 agências fechadas.

Segundo Basso, foram várias tentativas de tentar reabrir as negociações, mas até agora tanto a Fenaban e os dois bancos estatais – Caixa e Banco do Brasil -, que negociam separadamente das instituições privadas, não demonstraram interesse em apresentar novas propostas salariais. Ele acredita que com duas semanas de paralisação o impacto aos bancos começa a ser maior e que isso deverá forçar uma nova negociação.

A greve de maior extensão ao longo dos 12 últimos anos teve 24 dias de duração. A greve aposta no fechamento dos centros administrativos dos bancos, principalmente aqueles que ficam em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília para fortalecer o movimento grevista e forçar uma negociação. “Com os centros administrativos fechados não tem processar as operações”, explica Basso.

O líder sindical diz que apesar de os bancos estarem fechados, todos os serviços acabam sendo processados já que para respeitar a lei de greve são liberados até cinco funcionários para o trabalho em cada agência. “O funcionário pode fazer a operação um leptop”, observa Basso que também preside a Federação dos Bancários do Paraná.

A base do sindicato de Cascavel é composta por 24 municípios e além de Cascavel, há agências fechadas Guaraniaçu, Catanduvas, Três Barras do Paraná, Campina da Lagoa, Cafelândia, Matelândia, Corbélia, Ubiratã, Céu Azul, Santa Tereza e Vera Cruz do Oeste. Em todo o Paraná estão fechados 1.240 agências bancárias e 11 centros administrativos.

Os bancários não aceitaram a proposta de 5,5% e R$ 2,5 mil de abono apresentado pelos banqueiros no dia 25 de setembro e como o canal de negociação foi encerrado eles decidiram paralisar as atividades. Segundo Basso, os bancários não aceitaram o índice porque teriam seus salários desvalorizados em 4% tendo em vista que a inflação do período medida pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) ficou em 9,88%. Além do repasse integral da inflação, os bancários cobram aumento real de 5,7%, o que totalizaria 16% de reajuste.

Nenhum comentário: