O presidente da CPI do Cisop, Romulo Quintino (PSL), adiantou ontem impressões preliminares da sua concepção de que pelo menos dois médicos devem ser demitidos do Cisop e responsabilizados posteriormente, se for o caso, pelo Ministério Público.
Um deles é o médico Ricardo Araújo, acusado de entregar cartões de sua clínica para continuidade de atendimento para pacientes que procuram o Cisop e que já teria inclusive pedido exoneração em razão das investigações. Outro é o caso do médico ortopedista Rogério Vituri que, segundo a CPI teria criado uma fábrica de consultas, chagando a fazer 800 consultas por mês. “Vamos pedir a demissão com base na falta de resolutividade e flagrante criação de fábrica de consultas”, disse Romulo.
“Nossa função é dar um norte. Naturalmente o Ministério Público deverá aprofundar as investigações e vamos sugerir inclusive que ofereça segurança e proteção contra assédio para os servidores do órgão. Não vamos poder pedir para que o Município saia do Cisop. Isto criaria um problema agora, mas vamos recomendar que a Prefeitura comece a ampliar os serviços de seu centro próprio de especialistas. Enquanto isto não acontece vamos exigir que Cascavel tenha dentro do Cisop um responsável direto. Para uma cidade que representa 57% de todo no Cisop, não é admissível que não tenha alguém dentro da administração para cuidar e gerir estes 57%”, adiantou Romulo.
A CPI tem prazo até 19 de novembro para concluir seu trabalho e colocar em votação seu relatório final. “Apesar deste prazo, nós não paramos no recesso e em alguns domingos, por isto acho que é possível votar ainda este mês o relatório final”, disse Romulo.
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