quarta-feira, julho 01, 2015

Agência de propaganda ligada a Gleisi dobrou seu faturamento no primeiro governo Dilma

Milagre da multiplicação – Levantamento produzido pelo jornalista Fernando Rodrigues, do jornal “Folha de S. Paulo”, revela que a Heads, agência de publicidade do Paraná que o ex-deputado André Vargas (ex-PT) denunciou, à revista Veja, ter um “esquema especial” com a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT) e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, dobrou seu faturamento com a Petrobras, Caixa Econômica Federal e o Ministério do Trabalho, no primeiro mandato da “companheira” Dilma Rousseff.
O valor recebido pela Heads saltou de R$ 138 milhões para R$ 269 milhões. Nesse período de extraordinário progresso da Heads em contas de publicidade ligadas ao governo federal, Gleisi era a ministra-chefe da Casa Civil, enquanto Paulo Bernardo estava à frete da pasta de Comunicações.

Ao sentir-se abandonado pelo casal Gleisi e Paulo Bernardo, o ex-petista André Vargas mandou um recado ameaçador através revista Veja, em abril do ano passado.

“Vargas insinuou que Bernardo é beneficiário do propinoduto que opera na Petrobras. O ministro, segundo o deputado, seria o intermediário de contratos entre o grupo Schahin, recorrente em escândalos petistas, e a petroleira. Bernardo teria recebido uma corretagem por isso, recolhida e repassada pelo “Beto”. É assim, com intimidade de sócio e amigo, que Vargas trata o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal sob a acusação de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro que teria chegado a 10 bilhões de reais. Parte desse valor, como se revelou nas últimas semanas, são as propinas de negociatas na Petrobras”, destacou a publicação.

Ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados e com o mandato parlamentar cassado, Vargas também falou sobre a ligação de Gleisi e Paulo Bernardo com a Heads.

“Nas conversas com deputados, Vargas também citou como algo que o PT não gostaria de ver revelado o caso da agência Heads Propaganda, do Paraná. “A Heads é esquema deles”, declarou Vargas a colegas de partido. “Eles” seriam a senadora Gleisi Hoffmann e o ministro das Comunicações. Na gestão Dilma, a agência tornou-se líder em verbas recebidas do governo federal. A escalada meteórica está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU)”.

A matéria de Fernando Rodrigues faz referência a essa “delação informal” de André Vargas sobre as supostas relações especiais de Gleisi e do marido com a Heads.

“André Vargas chegou a dizer que a Heads seria um “esquema” da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, segundo publicado pela revista “Veja”. Gleisi diz conhecer Cláudio Loureiro, presidente da Heads, mas que nunca o ajudou a obter contratos com o poder público”, afirma o jornalista.

A reportagem de Fernando Rodrigues desvenda outros destinos preferenciais das verbas federais de publicidade: “Nos 4 anos de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, a FCB Brasil teve contas publicitárias federais num total de R$ 136 milhões. No mesmo período, a Borghi Lowe ficou responsável por R$ 833 milhões. A Borghi Lowe trocou de nome em 20.mai.2015 e agora se chama Mullen Lowe, após uma fusão global entre a Mullen e a Lowe. Ou seja, a FCB Brasil e Borghi Lowe podem ter registrado um faturamento de R$ 242 milhões durante os anos Dilma”.

“A FCB Brasil é citada na Lava Jato por ter sido acusada de pagar R$ 311 mil a uma empresa fantasma do ex-deputado federal André Vargas (PR) em 26 de fevereiro de 2014. Esse pagamento teria ocorrido 3 semanas depois de essa agência ganhar um contrato de R$ 110 milhões da Petrobras. Já o ex-diretor geral da Borghi Lowe em Brasília, Ricardo Hoffmann, é acusado de destinar 10% do valor dos contratos de publicidade com a Caixa para empresas de fachada de Vargas e de seu irmão, Leon, segundo a Polícia Federal”, prossegue a matéria.

Vargas foi coordenador das campanhas de Gleisi Hoffmann e de seu marido, Paulo Bernardo. Ricardo Hoffmann já chegou a ser identificado como um primo distante de Gleisi Hoffmann. Nos últimos tempos, desde a entrada de Ricardo Hoffmann na mira da Operação Lava-Jato, a senadora tem tentado negar o parentesco.
Ucho Haddad

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