quinta-feira, junho 25, 2015

Youssef depõe contra Vargas em ação penal

O doleiro Alberto Youssef será a primeira testemunha de acusação do MPF a ser ouvida no processo que envolve o ex-deputado André Vargas (ex-PT) nesta quarta-feira, 24. No processo na Justiça Federal, a força-tarefa do MPF aponta que a agência Borghi Lowe, que administra contas publicitárias da Caixa Econômica Federal e Ministério da Saúde, repassava recursos para as contas das empresas Limiar e LSI, de propriedade de Vargas. As informações são da Folha de Londrina.
 Além do ex-deputado, também são réus no processo o publicitário Ricardo Hoffmann, que negocia acordo de delação com o MPF, e Leon Ilário Vargas, irmão do ex-parlamentar. Na ação, Vargas é acusado de cometer os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 
A relação entre os londrinenses Vargas e Youssef veio à tona desde o começo das investigações da Operação Lava Jato, no ano passado, quando o então parlamentar utilizou um jatinho alugado pelo doleiro para passar férias com sua família no Nordeste. Seu envolvimento com o doleiro levou Vargas a ter o mandato cassado em dezembro do ano passado e também ser expulso do PT. 

As audiências dos processos envolvendo ex-parlamentares começaram ontem, com os depoimentos das testemunhas de acusação das ações penais em que Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (desfiliado do PP-PE) são réus. Foram ouvidos Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras; Meire Bonfim Poza, ex-contadora de Youssef; Ediel Viana da Silva, "braço-direito" do doleiro Carlos Habib Chater; Leonardo Meirelles, "testa de ferro" de Youssef; e Carlos Alberto Costa, "laranja" do doleiro londrinense. Argôlo e Corrêa são acusados dos crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. 

Na saída da audiência, o advogado de Costa, João Mestieri, informou que seu cliente apenas reforçou todas as acusações já feitas anteriormente nas investigações. "Ele apenas afirmou que disponibilizava recursos e isso era então entregue aos partidos", ressaltou. 

Para o advogado de Corrêa, Alexandre Loper, a audiência foi produtiva. Ele ressaltou que as declarações de Costa não incriminam seu cliente. "Ele afirmou que nunca viu Pedro Corrêa receber valores e que não tinha conhecimento de como era feita a distribuição das porcentagens. Só confirmou que repassou o dinheiro para Alberto Youssef", afirmou.

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