Chantagem não! Greve do transporte coletivo de Curitiba foi chantagem de cartel e sindicato, por Rodini Netto‏

Rodini Netto (*)

O direito à greve é garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil, nossa Carta Magna. É um direito incontestável dos trabalhadores que lutam por melhores condições de trabalho, dignidade e respeito, além das questões financeiras. É inegável que os cobradores que vivem o seu dia a dia nas estações tubo de Curitiba e região metropolitana, e os motoristas e cobradores nos ônibus, devem ser melhor tratados, assim como, terem aumentos reais e melhores condições de trabalho.

O que não se pode aceitar é a suposta "armação" entre sindicato de trabalhadores e sindicato patronal, com o intuito de promover uma CHANTAGEM contra o poder público, afim de que o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), permita o aumento na tarifa que interessa às empresas. Afinal, os "DONOS DO TRANSPORTE COLETIVO" (leia-se proprietários das empresas), querem que a tarifa seja aumentada para R$ 3,40.

A greve de hoje, nada mais é, do que uma CHANTAGEM para forçar a prefeitura a CEDER aos interesses dos proprietários de empresas de transporte coletivo... afinal, se a Urbs não liberar este aumento para R$ 3,40, as empresas alegam que não conseguem pagar qualquer aumento ou benefício além do proposto reajuste do INPC.

A se confirmar isso, o prefeito de Curitiba deve agir como disse à imprensa: pedir a prisão dos presidentes dos sindicatos patronal e de trabalhadores.

Motoristas e cobradores, bem intencionados, estão sendo manipulados por um sistema corrupto, sujo, e chantagista.

E quem paga o pato, somos nós que utilizamos o transporte público.

(*) Rodini Netto, 43, jornalista, é editor do blog Meandros da Política. Foi secretário de imprensa da Upes e da UPE nos anos 1990.